O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), que promove o evento de Restinga Seca, Renato Rocha, explicou que as baixas temperaturas atípicas ocorreram no período de reprodução da planta. “Há regiões que já estão colhendo menos arroz do que na safra passada”, revelou o dirigente da federação.

A perspectiva é que a política de garantia de preços prometida pelo governo federal, aliada à previsão de quebra nas lavouras da Argentina e do Uruguai, projete um cenário com a saca valendo cerca de R$ 30,00, revelou Rocha. Esse patamar praticamente empata com os custos de produção, completou o presidente da Federarroz.

Durante a 23ª Abertura da Colheita do Arroz a entidade aconselhará os produtores a segurarem o produto para garantir a estabilidade do preço. Rocha lembrou que existe pouco arroz da safra passada nos estoques, por isso os produtores precisam evitar o derrame do produto no mercado, que acabaria derrubando o preço médio da saca.

As perspectivas para a safra e para a lavoura orizícola serão passadas a limpo nos três dias 23ª edição do evento, que pelo segundo ano consecutivo ocorrerá no parque de eventos de Restinga Seca. Para o ano que vem, informou Rocha, outro município deverá sediar o evento, que atrai em média cerca de seis mil pessoas. As inscrições das localidades interessadas em receber a 24ª edição da Abertura da Colheita do Arroz se encerraram nesta quinta-feira.