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Federarroz avalia aporte de R$ 300 milhões como sinal de diálogo e sensibilidade do governo ao setor de arroz

Entidade considera medida da Conab um sinal de diálogo e sensibilidade frente à crise de crédito que afeta produtores gaúchos


Publicado em: 24/10/2025 às 11:35hs

Federarroz avalia aporte de R$ 300 milhões como sinal de diálogo e sensibilidade do governo ao setor de arroz
Foto: Érika Ferraz

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) recebeu positivamente o anúncio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de um aporte de R$ 300 milhões para apoiar a safra atual de arroz. A iniciativa visa reduzir os impactos da crise de liquidez e das dificuldades de crédito que atingem os produtores orizícolas.

Destinação dos recursos: AGFs e prêmio de escoamento

Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, do total de R$ 300 milhões:

  • R$ 200 milhões serão aplicados em Aquisições do Governo Federal (AGFs), mecanismo que garante preço mínimo ao produtor quando os valores de mercado caem abaixo do estabelecido pelo governo, estabilizando o mercado em períodos de excesso de oferta;
  • R$ 100 milhões serão destinados à subvenção via Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) ou Prêmio de Escoamento ao Produtor (Pepro), para assegurar preço mínimo e viabilizar o escoamento de arroz de regiões com excedente para áreas carentes do grão.

O aporte deve contemplar aproximadamente 600 mil toneladas de arroz, dependendo do valor final do prêmio de escoamento, sendo que 90% dos recursos serão destinados ao Rio Grande do Sul.

Setor considera aporte importante

O presidente da Federarroz, Denis Nunes, destacou a relevância do anúncio para os produtores:

“Foi uma reunião produtiva, onde mostramos a necessidade do prêmio de escoamento para melhorar a remuneração e as AGFs ajudam a estabelecer preços mínimos, dando mais segurança ao produtor”, avaliou Nunes.

Ajustes na área plantada e investimento em tecnologia

Outra questão discutida durante a reunião foi a redução da área de plantio como medida para enxugar estoques. Nunes estima uma diminuição em torno de 15% da área cultivada, consequência da crise e das altas taxas de juros que limitam investimentos em tecnologia.

“Acreditamos que os produtores já estão convencidos dessa necessidade. Esse ajuste impacta também na redução do investimento em tecnologia, devido à dificuldade de crédito e custos elevados”, explica o presidente da Federarroz.

Fonte: Portal do Agronegócio

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