Publicado em: 17/09/2024 às 11:40hs
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em colaboração com o Banco do Brasil, divulgou a 12ª edição das Perspectivas para a Agropecuária, que projeta um aumento na área dedicada ao cultivo de arroz e feijão para a safra 2024/2025. A publicação, apresentada nesta terça-feira (17), revela que, apesar dos desafios climáticos, o volume colhido desses grãos deve crescer, com a produção de grãos podendo atingir um recorde de 326,9 milhões de toneladas.
Para o arroz, a Conab prevê um incremento mais acentuado na área plantada em comparação com a safra anterior. Os preços e a rentabilidade da cultura estão entre os melhores históricos, resultando em uma expansão de 11,1% na área cultivada. Espera-se que a produção de arroz alcance cerca de 12,1 milhões de toneladas, recuperando os níveis da safra 2017/2018. A expectativa é que a maior oferta interna, combinada com uma demanda internacional aquecida e uma possível redução nos preços internos, possa impulsionar as exportações para 2,0 milhões de toneladas.
O feijão também deverá registrar crescimento, com um aumento projetado de 1,2% na área plantada em relação à safra 2023/2024. Embora a produtividade das lavouras de feijão esteja prevista para apresentar uma leve queda, a colheita deve se manter estável em torno de 3,28 milhões de toneladas, o maior volume desde a safra 2016/2017, ajustando-se à demanda e garantindo boa rentabilidade para os produtores.
A Conab também antecipa um crescimento na área destinada ao cultivo de algodão, que pode chegar a 2 milhões de hectares, marcando uma elevação de 3,2% em relação à safra anterior. O Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) deve liderar o crescimento proporcionalmente, com a produção de pluma de algodão estimada em 3,68 milhões de toneladas, devido ao investimento dos produtores e à boa competitividade da fibra brasileira no mercado internacional.
Para a soja, mesmo diante de uma pressão baixista nos preços e desafios de rentabilidade, a oleaginosa continua sendo uma cultura lucrativa. A demanda global crescente e a expansão da produção de biocombustíveis sustentam a expectativa de aumento da área plantada para 47,4 milhões de hectares. A produtividade deve recuperar-se após problemas climáticos, resultando em uma colheita projetada de 166,28 milhões de toneladas, um crescimento de 12,82% em relação à safra anterior.
No caso do milho, a área cultivada deve permanecer estável, mas a produtividade deverá melhorar, o que pode elevar a produção para 119,8 milhões de toneladas. Apesar do aumento na safra, as exportações estão previstas para cair 5,6%, atingindo 34 milhões de toneladas. No mercado interno, a demanda por milho deve continuar forte, impulsionada pelo consumo na produção de ração animal e etanol, com uma expectativa de crescimento de 17,3% na produção de etanol.
A parceria inédita entre a Conab e o Banco do Brasil, formalizada por um Acordo de Cooperação Técnica, destaca a importância do crédito rural para o desenvolvimento sustentável da agricultura. A colaboração abrange pesquisa, desenvolvimento, treinamento e ações promocionais, com foco na adaptação dos processos produtivos às mudanças climáticas e na melhoria da gestão rural.
Para mais detalhes sobre as perspectivas de produção e mercado de grãos e carnes, consulte a publicação completa no site da Conab.
Fonte: Portal do Agronegócio
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