Publicado em: 21/05/2025 às 10:00hs
A safra de algodão de 2025 tem apresentado um desenvolvimento positivo graças às condições climáticas, em geral, favoráveis nas principais regiões produtoras do país. A boa disponibilidade de umidade no solo tem sido fundamental para o plantio e crescimento da cultura, especialmente nos estados do Mato Grosso e da Bahia, que lideram a produção nacional.
De acordo com a Nottus, empresa especializada em inteligência de dados e consultoria meteorológica, os modelos climáticos indicam o início do período seco a partir de maio nas áreas centrais do Mato Grosso e Bahia. Esse período é crucial para o amadurecimento da lavoura.
A sócia-executiva e meteorologista da Nottus, Desirée Brandt, destaca que “a partir da segunda quinzena de maio, o tempo mais firme deve predominar nessas regiões, beneficiando as lavouras que estão na fase de definição do ponteiro das plantas e abertura da pluma.”
Apesar da tendência de tempo seco, Desirée alerta para a possibilidade, ainda que baixa, de chuvas isoladas nos meses de junho e julho. Mesmo com baixos volumes, essas precipitações podem coincidir com a fase delicada de abertura da pluma, impactando diretamente a qualidade da fibra do algodão.
Essas chuvas esporádicas geralmente estão associadas à passagem de frentes frias vindas do Sul, que podem alcançar principalmente o sul do Mato Grosso. A meteorologista ressalta que “é um risco pequeno, mas que os produtores precisam monitorar de perto, pois está ligado ao calendário de desenvolvimento da cultura.”
Levantamentos recentes indicam que o Mato Grosso deverá apresentar uma grande amplitude térmica nas próximas semanas, com noites amenas, em torno de 20°C, e tardes quentes, próximas a 30°C. Esse padrão climático é considerado benéfico para o algodão, desde que o ciclo da planta esteja alinhado ao período seco.
A Nottus observa que, em geral, as condições climáticas favoreceram a safra 2024/2025. A boa umidade no solo permitiu um início tecnicamente bem conduzido, especialmente no Mato Grosso e Bahia. Contudo, no oeste da Bahia, a redução das chuvas entre fevereiro e início de março exigiu atenção redobrada dos produtores.
O verão registrou uma onda de calor intensa, mas desde abril as temperaturas vêm caindo gradualmente. Para a Nottus, o cenário climático de 2025 está dentro da normalidade, sem previsão de eventos extremos significativos no curto prazo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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