A retirada da pluma das lavouras, no entanto, tem seu auge no estado entre 15 de julho e final de agosto. A projeção é que Mato Grosso produza nesta safra entre 850 mil e 900 mil toneladas de algodão em pluma, um aumento de cerca de 32% a 38% sobre a safra anterior.

O diretor-executivo do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Álvaro Salles, observou que a safra atual de algodão começou um pouco problemática. Considerando que mais de 65% do algodão do Estado é plantado na 2ª safra, lembrou que o excesso de chuvas no período da colheita da soja, no começo deste ano, atrasou o plantio das lavouras de algodão. O excesso de chuva, em alguns períodos, também prejudicou as lavouras de algodão em algumas regiões de Mato Grosso.

Mesmo assim, Álvaro Salles estima que a média de produtividade nesta safra de algodão deve ficar em torno de 1.400 quilos de pluma por hectare. A média histórica colhida no Estado gira entre 1.300 e 1.500 quilos de pluma por hectare. Quanto ao mercado, atesta que os produtores esperavam preços um pouco melhores, informando que o mercado registrou nova baixa nos últimos dias. “Quem não colher bem não terá lucro. Quem colher menos de 250 arrobas de algodão em caroço por hectare não terá lucro”, estima.

Álvaro Salles destaca que o principal problema enfrentado pelos cotonicultores do Estado agora é o bicudo, exigindo muita atenção e controle (veja matéria abaixo). “O bicudo é o grande vilão do algodão no final de safra”, afirmou, observando que existem produtores no Estado com muita dificuldade em controlar a praga. Os cuidados devem ser intensificados, uma vez que as perdas por infestação de bicudo são grandes.