Nas primeiras semanas deste mês o ritmo de colheita foi relativamente baixo devido alguns talhões apresentarem baixa evolução na abertura das maçãs, principalmente as maçãs dos ponteiros das plantas, já nesta semana pouco se pode fazer desde quinta-feira (24.07) devido à chuva, na região algumas propriedades registraram mais de 150 milímetros precipitados até neste último sábado (27.07). Fator que gera preocupação entre os produtores, pois não é comum ocorrer precipitações nessa época do ano na região.

Além das precipitações que interferem negativamente na qualidade da fibra, outro ponto que deve ser observado com cautela nesse momento, é com a rebrota das folhas nos caules das plantas em talhões que estão prontos para serem colhidos, pois a colheita do algodão na presença de folhas verdes pode provocar contaminação com restos foliares, que por sua vez, pode aumentar a umidade e ocasionar manchas na pluma afetando a qualidade da fibra. Outro fator que devemos nos atentar é com a destruição dos restos culturais, pois os mesmos podem servir de hospedeiro para doenças e pragas indesejáveis como o bicudo do algodoeiro.

Pensando em reduzir a população de bicudo no final de safra na região, todas as propriedades estão adicionando inseticidas no tanque de pulverização no momento da desfolha do algodão. Juntamente com essa ação, outras medidas podem ser realizadas para tentar reduzir a população deste inseto, como é o caso do tubo mata-bicudo, algumas propriedades da região já estão instalando os tubos em pontos estratégicos, ou seja, em áreas onde foi observado maior infestação do inseto e em áreas consideradas próximas ao refúgio da praga.