Publicado em: 28/11/2025 às 12:30hs
A produção mundial de pluma de algodão deve alcançar 26,14 milhões de toneladas na safra 2025/26, o maior volume registrado desde o ciclo 2017/18, segundo análise divulgada pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta segunda-feira (17).
Os dados, baseados no relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), indicam crescimento de 2,04% em relação à estimativa anterior, feita em setembro. O avanço é resultado direto do bom desempenho das lavouras norte-americanas e do aumento nas projeções de produção também para Brasil e China.
De acordo com o Imea, os Estados Unidos foram os principais responsáveis pela elevação da estimativa de oferta mundial, com alta de 6,74% na produção prevista. O resultado reflete as melhores condições climáticas e o desempenho positivo das lavouras no país, o que tende a ampliar a disponibilidade da fibra no mercado internacional.
No caso do Brasil e da China, as revisões também foram positivas, reforçando a expectativa de expansão global da produção e consolidando o cenário de recuperação da oferta após anos de oscilações climáticas e redução de área em algumas regiões produtoras.
O relatório do USDA apontou estabilidade no consumo mundial de algodão, com leve alta de 0,04% frente à estimativa anterior, totalizando 25,88 milhões de toneladas. Com a produção superando o volume consumido, os estoques finais globais devem crescer para 16,53 milhões de toneladas, um aumento de 3,81% entre setembro e novembro.
Esse acúmulo de estoques, segundo o Imea, tende a manter pressão baixista sobre os preços internacionais da fibra, especialmente no curto prazo, caso a demanda não apresente sinais mais fortes de recuperação.
Com o aumento da oferta e o equilíbrio entre os principais produtores globais, o cenário para 2025/26 indica maior competitividade entre países exportadores e redução gradual nas cotações internacionais. Ainda assim, analistas destacam que fatores como variações climáticas, custos logísticos e políticas comerciais seguirão influenciando o comportamento do mercado nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
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