Algodão

Mercado de algodão registra cautela e expectativa de preços mais baixos, aponta Safras e Imea

Demanda limitada e flexibilidade do produtor tornam a pluma brasileira mais competitiva, enquanto projeções apontam queda na área plantada em 2025/26


Publicado em: 10/10/2025 às 19:20hs

Mercado de algodão registra cautela e expectativa de preços mais baixos, aponta Safras e Imea
Foto: CNA
Demanda e preços no mercado físico

O mercado físico de algodão no Brasil teve uma semana marcada por demanda cautelosa, refletindo expectativas negativas sobre os preços. As negociações se concentraram em entregas de curto prazo e, em menor volume, para 2026.

Segundo a Safras Consultoria, a maior flexibilidade dos produtores tornou o prêmio da pluma brasileira mais competitivo na Bolsa de Nova York.

Em São Paulo (CIF), o algodão era cotado em R$ 3,56 por libra-peso na quinta-feira (9), queda de 1,93% em relação à semana anterior (R$ 3,63/lb).

Em Rondonópolis (MT), a pluma oscilava em torno de R$ 3,38/lb, equivalente a R$ 111,80 por arroba, recuo de R$ 0,07/libra-peso no período.

Produção de algodão em Mato Grosso

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou relatório de oferta e demanda apontando que a produção de algodão em Mato Grosso na safra 2024/25 foi de 3,01 milhões de toneladas de pluma, enquanto a produção de algodão em caroço atingiu 7,32 milhões de toneladas, alta de 14,32% em relação ao ciclo anterior.

O crescimento se deve ao recorde de produtividade, com 315,12 arrobas por hectare, 1,28% acima de 2022/23, favorecido pelo prolongamento das chuvas, especialmente para o algodão de segunda safra.

A área cultivada chegou a 1,55 milhão de hectares, crescimento de 5,82% frente à safra 2023/24.

Perspectivas para 2025/26

O Imea projeta uma redução de 5,65% na área plantada, estimada em 1,46 milhão de hectares para a safra 2025/26. Com isso, a produção de pluma deve alcançar 2,62 milhões de toneladas, 12,95% abaixo da safra 2024/25.

O instituto destaca que os atuais preços da pluma, somados à alta nos custos de produção, podem desestimular a cotonicultura no início da próxima safra.

Fonte: Portal do Agronegócio

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