Publicado em: 24/10/2025 às 18:40hs
Preços do algodão variam no mercado físico brasileiro
No mercado spot, o algodão posto CIF em São Paulo foi negociado na quinta-feira (23) a R$ 3,56/libra-peso (sem ICMS), levemente acima dos R$ 3,52/libra-peso registrados na semana anterior — uma variação positiva de 0,57%.
Já em Rondonópolis (MT), a pluma foi cotada a R$ 110,00 por arroba (R$ 3,33/libra-peso), ante R$ 111,38/arroba (R$ 3,34/libra-peso) na semana passada, o que representa queda semanal de R$ 0,38 por arroba.
As variações refletem tanto a oscilação cambial quanto as movimentações internacionais do mercado de commodities, com os preços ajustando-se conforme o comportamento das bolsas externas.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), a alta disponibilidade de algodão no estado pressionou as cotações locais, fazendo o preço Imea pluma cair 1,69% na comparação semanal, fechando a R$ 108,28/@.
Por outro lado, a demanda pelo óleo de algodão continuou aquecida. O coproduto apresentou valorização de 1,00% na semana, atingindo R$ 6.085,71 por tonelada.
Esses movimentos demonstram a influência direta da oferta regional e da demanda por subprodutos no equilíbrio do mercado.
As exportações brasileiras de algodão totalizaram 177,22 mil toneladas em outubro (13 dias úteis), com média diária de 13,63 mil toneladas, segundo dados do Ministério da Economia (Secex). A receita total chegou a US$ 288,8 milhões, com média diária de US$ 22,21 milhões.
Comparado ao mesmo período de 2024, houve alta de 6,8% no volume diário exportado, que havia sido de 12,77 mil toneladas, mas queda de 2,8% na receita diária, que era de US$ 22,86 milhões.
O desempenho das exportações segue indicando boa competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional, ainda que os preços globais apresentem volatilidade.
Com o início do último trimestre, o setor algodoeiro segue atento à formação de preços internacionais, ao ritmo das exportações e ao comportamento da demanda interna por derivados como o óleo e o farelo de algodão.
A tendência de curto prazo é de oscilações pontuais, influenciadas pelo câmbio e pelo volume de estoques disponíveis no país.
Fonte: Portal do Agronegócio
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