Publicado em: 16/11/2021 às 10:50hs
Tanto o produtor de algodão como a indústria têxtil nacional estão em uma encruzilhada: ambos não sabem para onde o preço da pluma vai. A constatação foi feita pelo analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, durante palestra realizada no 2º SAFRAS Agri Week. Enquanto o produtor espera por preços ainda maiores, a indústria torce por uma queda nos mesmos.
A situação é bastante ruim para a indústria têxtil brasileira, pois o país engatinha na recuperação após a pandemia da Covid 19. “Para o produtor, ao contrário, o cenário é bom, com rentabilidade em Mato Grosso entre 30% e 40%”, pondera o analista. Pela paridade de exportação, o preço doméstico está 6,6% inferior a Bolsa de Nova York.
Em outubro, a exportação da fibra em Mato Grosso alcançou a marca de 135,84 mil toneladas, o que representa um aumento de 78,70% quando comparado ao mês de setembro. O maior volume escoado no mês foi pautado pelo avanço do beneficiamento no estado, que até a semana passada atingiu 77% da produção. Por outro lado, o ritmo no mês foi 10,34% menor que o do mesmo período do ano passado.
No que tange aos envios ao exterior, os principais compradores da pluma em outubro foram a China (56,56 mil toneladas), o Vietnã (20,68 mil toneladas) e a Turquia (14,53 mil toneladas), que juntos representaram 67,54% das exportações de Mato Grosso.
Para os próximos meses, a expectativa é que o escoamento continue ganhando força, visto que, historicamente, nos últimos meses e no início do ano os envios tendem a ser maiores. Contudo, os problemas logísticos (falta de contêineres e navios) e os altos fretes marítimos ainda são um ponto de atenção no mercado.
Fonte: Agência SAFRAS
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