Publicado em: 13/01/2025 às 13:30hs
O manejo eficiente da irrigação tem se destacado como uma ferramenta essencial no combate a doenças do algodão, como a mela foliar, segundo Cícero Francisco, assistente de pesquisa do Instituto Goiano de Agricultura (IGA). A doença, causada pelo fungo Rhizoctonia solani (fase perfeita: Thanatephorus cucumeris), se caracteriza por lesões escuras e encharcadas nas folhas, comprometendo a fotossíntese e o vigor das plantas, especialmente nas fases iniciais do cultivo.
Condições de alta umidade associadas a baixas temperaturas criam um microclima favorável à proliferação do fungo. O espalhamento dos esporos por meio de respingos de água, fenômeno conhecido como "splash", intensifica a disseminação da doença. Nesse cenário, práticas de manejo de irrigação, como o controle do excesso de água e a adoção de sistemas que minimizem respingos, tornam-se fundamentais para reduzir o avanço do patógeno.
A implementação de sistemas de irrigação localizada, ajustes na frequência e volume da água aplicada, e o monitoramento constante são medidas que criam um ambiente menos propício ao desenvolvimento do fungo. “A mela foliar, se não controlada, pode afetar severamente o estande e comprometer a produtividade da lavoura. A adoção de estratégias preventivas é indispensável”, alerta Cícero.
Além do manejo hídrico, práticas complementares reforçam a proteção do algodoeiro contra doenças. O uso de cultivares com vigor inicial elevado contribui para minimizar os danos nas primeiras fases de crescimento. A rotação de culturas é outra medida eficaz, pois reduz a pressão de inóculo no solo. Em situações de alto risco, a aplicação de fungicidas específicos pode ser empregada como complemento ao manejo integrado.
O enfoque sustentável não apenas previne perdas causadas por doenças, mas também melhora a eficiência no uso da água, um recurso essencial para a agricultura. “A integração dessas práticas permite ao produtor proteger sua lavoura e alcançar uma produtividade elevada com qualidade”, conclui Cícero.
Essa abordagem integrada é vista como um modelo de excelência no manejo do algodão, promovendo maior sustentabilidade e garantindo resultados positivos ao longo do ciclo produtivo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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