Publicado em: 17/12/2025 às 13:40hs
Com a proximidade do fim do ano, o ritmo das negociações de algodão em pluma no mercado spot brasileiro vem diminuindo. De acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), os agentes do setor têm se afastado gradualmente das transações, direcionando as atenções aos carregamentos já contratados.
Apesar da redução na liquidez, as cotações do algodão continuam encontrando suporte na postura firme dos vendedores ativos e na demanda pontual de compradores que ainda necessitam de produto para entrega imediata.
Segundo pesquisadores do Cepea, parte da demanda tem preferido aguardar a retomada das atividades no início de 2026, enquanto outro grupo segue adquirindo o produto para recebimento no começo do próximo ano. Essas operações ocorrem tanto com preços fixos quanto atrelados ao Indicador CEPEA/ESALQ e/ou às cotações da Bolsa de Nova York (ICE Futures).
Essa divisão de estratégias entre compradores evidencia um cenário de transição entre safras, em que o mercado busca equilíbrio entre o planejamento logístico e a precificação futura.
No campo, produtores mantêm atenção redobrada às condições climáticas e ao desenvolvimento das lavouras de soja, etapa que antecede o plantio do algodão de segunda safra. O acompanhamento é essencial para definir o ritmo de semeadura e as expectativas de produtividade na próxima temporada.
Dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que a produção brasileira de algodão deve alcançar 3,96 milhões de toneladas na safra 2025/26, representando uma queda de 2,9% em relação à temporada anterior.
O recuo é atribuído ao crescimento limitado de apenas 0,7% na área cultivada frente à safra 2024/25, refletindo uma postura mais cautelosa dos produtores diante das incertezas de mercado e das condições climáticas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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