Publicado em: 15/08/2014 às 12:00hs
As variedades transgênicas fortalecem a cultura do algodão em Goiás. O cenário interno também é promissor. A importância da cotonicultura para o agronegócio goiano posiciona o estado entre os maiores exportadores do País. Dados da Bolsa Brasileira de Mercadorias e da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) afirmam que Goiás já comercializou para outros países mais de 220 mil toneladas de algodão, desde 2010. Hoje, o maior importador de algodão brasileiro é a Indonésia, seguido de China e Coreia do Sul.
Diante das previsões otimistas do setor para a atual safra, a expectativa é um aumento na colheita de algodão no estado, já que, em comparação com a safra de 2012/2013, houve uma variação de 17% a mais para este ano. A produtividade atual em Goiás é cerca de 101,40 arrobas por hectare de algodão em pluma, plantado em uma área total superior a 53 mil hectares. Isso gera ao produtor um custo total de produção de R$ 6.512 por hectare, valor este considerado alto para os mais de 50 produtores em Goiás.
Embora o cenário seja preocupante quanto à rentabilidade da cotonicultura e das demais comodites (soja e milho), o produtor conta com ferramentas que auxiliam para ter estabilidade na produção, como podemos citar as variedades geneticamente modificadas, também conhecidas como transgênicas. Por oferecerem tolerância a lagartas e a herbicidas, demandam um custo maior, já que a tecnologia é trazida através de sementes. Em contrapartida, diminuem as aplicações de inseticida para pragas, oferecem mais opções de controle de ervas daninhas e a eliminação da capina manual.
E para obter expansão da área de cultivo e beneficiar o agronegócio, a inserção do algodão no sistema soja e milho é uma das alternativas para que a cultura do algodão no estado se fortaleça. De acordo com o vice-presidente da Agopa, Rogério Vian, esta novidade pode beneficiar Goiás em área plantada ao permitir alternar o plantio do Algodão com o cultivo de milho ou de soja. "A rotação de culturas, ou segunda safra, é uma forma de obter maior rendimento gerando benefícios ao produtor e à economia do estado. A diminuição de custo é uma das consequências positivas deste investimento, contribuindo efetivamente para o manejo integrado de pragas e na racionalização do uso de insumos, consumo de água e de combustível para operação de máquinas", afirma Vian.
Fonte: Diário da Manhã
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