Publicado em: 03/10/2025 às 10:10hs
A safra de algodão 2025/26 no Brasil inicia com perspectiva de aumento da área cultivada e produtividade estável, segundo levantamento da Céleres. Apesar das incertezas de mercado e clima, a expectativa é de que as condições meteorológicas fiquem próximas da neutralidade, o que tende a garantir rendimentos dentro da média histórica.
O possível desenvolvimento de um fenômeno La Niña de baixa intensidade reduz os riscos climáticos para a cultura, permitindo um planejamento agrícola mais seguro, especialmente no Cerrado, principal região produtora do país. A janela de plantio, em particular para a segunda safra, deve se manter dentro do cronograma considerado ideal pelos produtores.
No cenário externo, a demanda global por algodão permanece contida e os preços internacionais não indicam recuperação significativa no curto prazo. Ainda assim, o Brasil aposta em sua eficiência produtiva para seguir competitivo no mercado mundial, mesmo diante da pressão por custos mais elevados.
A valorização do dólar frente ao real tende a favorecer os embarques brasileiros, ampliando a atratividade do algodão nacional no comércio internacional. Contudo, as margens de rentabilidade continuam pressionadas devido ao encarecimento dos insumos e às condições de financiamento. Nesse contexto, a boa gestão de recursos será essencial para garantir o equilíbrio financeiro dos produtores.
Além de questões climáticas e econômicas, a produção de algodão no Brasil está cada vez mais atrelada à sustentabilidade. Certificações, rastreabilidade e adoção de boas práticas agrícolas vêm ganhando peso nas negociações, tornando-se diferenciais importantes para atender mercados mais exigentes.
Combinando clima relativamente favorável, estratégias de eficiência produtiva e maior atenção às práticas sustentáveis, o Brasil inicia a temporada de algodão 2025/26 com potencial para manter sua relevância no comércio internacional, mesmo em meio a um ambiente econômico desafiador.
Fonte: Portal do Agronegócio
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