Publicado em: 12/12/2025 às 18:00hs
O mercado doméstico de algodão começou a semana com demanda aquecida, especialmente para entregas programadas a partir da segunda quinzena de janeiro e para a safra 2026. No entanto, o ritmo comprador perdeu intensidade nos últimos dias, provocando queda nas cotações e maior cautela por parte dos vendedores, segundo dados da Safras Consultoria.
Com a redução da liquidez, compradores e vendedores têm adotado postura mais defensiva. No mercado spot, as indústrias têxteis mantiveram a indicação do algodão posto em São Paulo em R$ 3,48 por libra-peso, o mesmo valor da quinta-feira (4). Já em Rondonópolis (MT), a pluma foi negociada a R$ 108,86 por arroba, uma leve queda frente aos R$ 108,90 da semana anterior.
A produção brasileira de algodão em pluma na safra 2025/26 está estimada em 3,959 milhões de toneladas, segundo o 3º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta semana. O volume representa uma queda de 2,9% em relação à safra anterior (2024/25), quando o país colheu 4,076 milhões de toneladas.
A produtividade média das lavouras deve atingir 1.885 quilos de pluma por hectare, ligeiramente abaixo dos 1.954 quilos por hectare registrados na temporada passada. Já a área plantada com algodão deve crescer 0,7%, passando de 2,085 milhões para 2,1 milhões de hectares.
O Mato Grosso continua sendo o principal produtor de algodão do Brasil, respondendo pela maior parte da colheita nacional. Contudo, o estado deverá registrar queda de 5,4% na produção, com estimativa de 2,669 milhões de toneladas, ante 2,852 milhões de toneladas na safra anterior.
Na Bahia, o segundo maior polo produtor do país, a produção deve crescer 2,5%, totalizando 859,4 mil toneladas, frente às 838,4 mil toneladas colhidas em 2024/25. Já Goiás deve apresentar leve retração de 1,1%, com expectativa de 54,6 mil toneladas, contra 55,2 mil toneladas na temporada anterior.
Segundo analistas, o cenário atual combina demanda firme, mas seletiva, com produtores retraídos diante da volatilidade dos preços. A expectativa é que o mercado siga em compasso de espera nas próximas semanas, com os contratos futuros e o ritmo de exportações influenciando as decisões de venda.
Fonte: Portal do Agronegócio
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