Conforme levantamento do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) para se cultivar a fibra no Estado, o custo médio total será de R$ 6.795,83 por hectare.

Deste montante, 94% são voltados aos custos variáveis (R$ 6.396,22/ha), enquanto os outros 6% que compõem o custo total se referem aos custos fixos (R$ 197,05/ha), somados aos custos da terra (R$ 202,56). O custo variável envolve todas as despesas com a lavoura (R$ 4.335,89/ha), as outras despesas de produção (R$ 1.503,67/ha), e as despesas financeiras (R$ 556,65/ha).

Na projeção de lucratividade, utilizando a paridade para contratos com fechamento em julho de 2015 na Bolsa de Nova Iorque, base zero, e produtividade de 100@/ha, o rendimento da pluma de R$ 59,04/@ não seria suficiente nem ao menos para cobrir os custos varáveis.

Através de indicativos de mercado, verifica-se que a base no momento está em torno de 200 pontos, trazendo o rendimento a R$ 60,64/@, ainda insuficiente, já que o ponto de equilíbrio do custo varável se encontra em R$ 63,96/@.

Com isso, a situação é preocupante aos cotonicultores, necessitando na situação atual uma base de 659 pontos, para que sua receita seja apenas igual ao custo variável do algodão na safra 2014/15, que começa a ser semeada em dezembro deste ano.