Segundo o Fórum Agrícola do USDA, o consumo mundial de algodão irá aumentar pelo terceiro ano consecutivo com a recuperação da economia e será maior do que a produção na safra 2022/23, reduzindo novamente os estoques globais e levando a relação E/C mundial para 64,6%. A produção mundial irá atingir 27 milhões de toneladas, aumento de 3% em relação à safra anterior e alcançando o maior patamar desde a safra 2017/18.

De acordo com o relatório agro mensal Itaúi, para a safra 2022/23 estima-se uma produção nos Estados Unidos de 3,83 milhões de toneladas, 21% acima dos valores produzidos na safra anterior, mesmo com a área plantada sendo a menor dos últimos 5 anos como consequência da alta dos preços de outras commodities como soja, milho e trigo. No entanto, é válido ressaltar que há preocupações quanto à possibilidade de o clima novamente não contribuir com a safra americana, já que o NOAA indica a possibilidade de as precipitações no Texas, por exemplo, nos próximos 30 dias serem inferiores às médias históricas.

Nesse cenário de balanço ainda apertado e de preços firmes do petróleo, o que aumenta o custo da fibra sintética, as cotações da pluma em Nova Iorque tendem a seguir firmes. Entretanto, caso o conflito entre Rússia e Ucrânia se prolongue e tenha reflexos mais relevantes sobre a economia global, a demanda pelo produto poderá ser afetada e impactar as cotações.

No Brasil, as cotações da pluma tendem a seguir as paridades de exportação, mas há preocupações também com a capacidade da indústria local de absorver preços maiores.