Os futuros do algodão fecharam em alta na Bolsa de Nova York, após dados mostrarem que a demanda pelo produto norte-americano continua firme apesar das altas recentes dos preços. De acordo com o Departamento de Agricultura (USDA), os Estados Unidos venderam ao exterior 14.434 toneladas de algodão na semana passada, um volume 31% maior que o da semana anterior. Na terçafeira, o governo já tinha divulgado uma produção doméstica de apenas 2,8 milhões de toneladas na atual temporada. Uma safra reduzida, combinada com a demanda aquecida, deve resultar nos menores estoques desde 1990. Segundo analistas, o mercado precisa manter os preços elevados para controlar as reservas. O vencimento maio subiu 1% e fechou a 92,56 centavos de dólar por libra-peso.

O açúcar bruto registrou a quarta alta consecutiva, com ganho de 2,9%. Uma forte Estiagem castigou as áreas produtoras de cana do Brasil nos dois primeiros meses do ano, gerando perdas de milhões de toneladas. Agora, as atenções do mercado estão voltadas para o fenômeno El Niño, que pode provocar chuvas excessivas durante a colheita no País e também atrasar as chuvas de monções na Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar.

Na Bolsa de Chicago, o Milho avançou 1,6% e fechou no maior patamar em mais de seis meses, também impulsionado pelo relatório do USDA. Na semana passada, exportadores dos EUA venderam 1,41 milhão de toneladas do grão, 89% mais do que na semana anterior.

6% é a alta acumulada pelo algodão em março na Bolsa de Nova York.