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Os algoritmos chegaram ao campo

Além das sementes, algoritmos


Publicado em: 05/08/2020 às 12:40hs

Os algoritmos chegaram ao campo

Ao lado das colheitadeiras, a inteligência artificial. O agricultor que observa o clima também fica ligado em aplicativos que analisam inúmeros dados de sua propriedade. A visão de um futuro distante? Não. É a realidade que já está acontecendo em muitas fazendas pelo país, onde novas tecnologias estão transformando o meio rural.

No dia a dia das lavouras, a aplicação de iniciativas inovadoras tem gerado resultados expressivos no aumento da produtividade e na direção de uma agricultura cada vez mais sustentável. As ferramentas de dados auxiliam na análise do clima, nas estratégias de plantio das culturas e na medição do desempenho de cada talhão da fazenda. Vastos hectares de informação que cabem na palma da mão.

Com o uso de um algoritmo que analisa grandes quantidades de dados, é possível obter informações precisas a respeito dos atributos do solo daquela área, das plantas e do ambiente. Pode-se avaliar com maior assertividade o uso de defensivos, a fertilidade de uma cultura específica e as diversas etapas do plantio à colheita. E à medida que o sistema recebe mais dados, ele melhora sua inteligência e, por consequência, a resposta à necessidade do produtor.

A utilização dessas tecnologias será ainda mais importante diante de um gigantesco desafio: atender ao aumento da demanda por alimentos gerado pelo crescimento da população mundial. Em 2030, estima-se que seremos 8,3 bilhões de pessoas no planeta. A necessidade alimentar terá um incremento de 60%, enquanto o globo exigirá 50% mais disponibilidade de energia e 30% mais água. Isso obrigará maior produtividade do campo, bem como uma atuação mais sustentável.

Ferramentas como o big data têm a capacidade de nos fazer atingir esse audacioso objetivo. Hoje, o campo está cada vez mais tecnológico, unindo em sintonia o agricultor e as máquinas. Os dados se tornaram o novo universo do agro, mudando a compreensão dos processos produtivos. E tudo isso está cada vez mais acessível. Com inovação aplicada à performance, o futuro será de colheitas ainda mais prósperas.

Rodrigo Dias - Engenheiro agrônomo e CEO da ConnectFarm

Fonte: Critério

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