A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia (defensivos biológicos e inoculantes) e nutrição especial de plantas com 51 anos de atuação, seguiu crescendo no primeiro trimestre de 2022 (1T22). A receita líquida atingiu R＄ 156,5 milhões, representando um crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período de 2021. O Ebitda ajustado alcançou R＄ 26,2 milhões, um crescimento de 20,2%. 

O destaque do trimestre foi um crescimento de receita bruta de 53,3% na linha de defensivos biológicos, um dos focos de investimentos e esforço comercial da empresa. O segmento de biológicos, que inclui além dos defensivos biológicos, os inoculantes (fertilizantes biológicos), cresceu 44,6% em receita líquida, representando 21,1% do total do 1T22 (+2,0 p.p. vs. 1T21).

O Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Vittia, Alexandre Del Nero Frizzo. 

As demais linhas também apresentaram crescimento: a linha de fertilizantes foliares e produtos industriais, com maior representatividade no faturamento, cresceu 18,2% e as linhas organominerais e micros de solo cresceram 29,0% e 80,9%, respectivamente. 

Não obstante os bons resultados financeiros apresentados no período encerrado, a agricultura brasileira, e em particular o mercado de insumos agrícolas, também experimentou importantes desafios. Na região Sul do país, uma seca mais pronunciada prejudicou parte das culturas tradicionais, notadamente a soja, com perdas significativas para os produtores locais ao longo de todo o trimestre. 

Entretanto, a companhia manteve baixa exposição nas áreas mais críticas, de forma que, mesmo tendo reduzido suas vendas nessa região, não houve impacto significativo no resultado consolidado. Já nas demais regiões, mesmo com o reflexo da seca no Centro-Oeste, a expectativa é de forte colheita na safra 2021/2022, com boa rentabilidade do agricultor -- o que sustenta uma contínua demanda por insumos e um ambiente favorável para a disseminação das tecnologias da Vittia.

A ameaça da falta de insumos agrícolas devido ao conflito armado entre Rússia e Ucrânia, um dos assuntos mais comentados dos últimos meses, impactou o preço das matérias-primas, notadamente do NPK (nitrogênio, fósforo e potássio). Contudo, não houve interrupção no fornecimento de fertilizantes para o Brasil, com produtores se utilizando de estoques estratégicos ou buscando uma diversificação de fornecedores. Vale ressaltar que a Vittia possui baixa exposição direta aos países diretamente envolvidos no conflito. “Nossa exposição ao mercado de NPK (ou fertilizantes básicos) ocorre apenas na linha de organomineral, que teve forte pressão de custos. Por outro lado, as linhas de biológicos, que têm sido o foco da companhia, além de não sofrerem com o custo, estão observando um aumento do interesse por parte do produtor”, afirma o Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Alexandre Del Nero Frizzo. 

O executivo explica também que o bom cenário de rentabilidade do universo agrícola nos últimos anos permitiu a muitos produtores investir nas “caixas de solo”, ou seja, destinar recursos para enriquecer a terra com nutrientes que aumentam a produtividade. “Para alguns deles, a ameaça de crise de oferta é minimizada, pois podem reduzir 30, 40 e até 50% da compra dos insumos necessários às plantações, porque agiram preventivamente”, complementa o Diretor Comercial, Edgar Zanotto. 

Novas soluções fortalecem a presença no campo

O crescimento constante da Vittia está alicerçado em soluções desenvolvidas a partir de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, que contribuem para aumentar a produtividade na lavoura. O mais recente lançamento da empresa, por exemplo, o Meli-X Turbo, é um potente extrator biológico de nutrientes do solo, que promove não somente a solubilização de fósforo, mas também o crescimento de plantas com diversos mecanismo de ação.

As pesquisas são unânimes em afirmar o potencial de crescimento do mercado de biológicos. No entanto, ainda falta conhecimento dos benefícios desses produtos por parte de muitos agricultores. “É nesse sentido que a Vittia faz um trabalho de campo junto aos produtores, revendas e cooperativas, com o objetivo de apresentar as atuais alternativas aos produtos químicos”, conclui o Diretor Edgar Zanotto.