Saúde Animal

Fazenda em Lagoa da Confusão (TO) conquista 85,5% de índice de prenhez aliando nutrição e reprodução estratégicas

Ao todo, 1277 animais foram submetidos à estratégia nutricional durante a estação de monta, entre os meses de novembro de 2019 a abril de 2020


Publicado em: 20/11/2020 às 17:20hs

Fazenda em Lagoa da Confusão (TO) conquista 85,5% de índice de prenhez aliando nutrição e reprodução estratégicas

A produção anual de bezerros está em ascensão, sendo o Brasil o segundo maior produtor do mundo. Apesar do País se destacar dos demais por ser o que mais utiliza a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), a média da taxa de prenhez brasileira ainda é considerada baixa, em torno de 72%.  No entanto, a Fazenda Ipuca da Onça, localizada em Lagoa da Confusão (TO), atingiu um índice muito superior. A propriedade alcançou 85,5% de índice de prenhez ao aliar tecnologia, nutrição e reprodução estratégicas.

Em parceria com a Minerthal, uma das mais tradicionais fabricantes de suplementos para bovinos de corte e leite do Brasil, o pecuarista Mário Massaro Sato e a empresa Clivar, que atua em reprodução, desenvolveram alternativas para que a Fazenda Ipuca da Onça, que trabalha com cria e recria, pudesse maximizar o resultado já encontrado na fazenda em anos anteriores.

O protocolo de nutrição adotado foi o fornecimento de proteico-energético para consumo de 0,3% do PV (30% de Proteico 66 + 70% de Milho) e silagem de milho durante 30 dias antes da inseminação e 30 dias depois da inseminação. Nos outros meses, na época das águas, foi oferecido o Minerthal 80 (Suplemento Mineral) com consumo médio de 100 gramas/animal/dia. Além da suplementação, o rebanho pastou em Brachiaria, Humidícola e Massai.

Ao todo, 1277 animais da raça Nelore (novilhas precoces, novilhas, primíparas e multíparas) foram submetidos à estratégia nutricional durante a estação de monta que compreendeu entre os meses de novembro de 2019 a abril de 2020. Ao final do período constatou-se que 1092 vacas emprenharam, resultando num índice de 85,5%: o maior registrado na propriedade nos últimos quatro anos.

“O índice conquistado foi exemplar e demonstra que há eficácia em aliar suplementação adequada e técnica reprodutiva. Outro resultado expressivo conquistado na propriedade foi a taxa de prenhez na primeira IATF, alcançando o ótimo valor de 56%”, aponta Gilberto Pereira de Sousa Júnior, consultor de vendas da Minerthal.

“Nós utilizamos os produtos da Minerthal há bastante tempo. O gado tem uma boa aceitação e, com a demanda de carne aquecida, começamos a utilizar os produtos aditivados da empresa, principalmente no período seco. Assim conseguimos obter um ótimo resultado nos percentuais de prenhez da vacada e na desmama precoce dos bezerros”, comemorou o produtor Leonardo Massaro Sato.

Por que suplementar para obter melhores índices?

Em fazendas de cria, os bezerros são a maior fonte de faturamento, justificando o foco empregado na reprodução. Por isso, ao obter uma baixa taxa de prenhez, o criador terá em sua fazenda menos vacas prenhes, menos bezerros e, consequentemente, menos dinheiro no bolso.

“Um índice baixo não só compromete o rebanho com vacas vazias por mais tempo, também há menor aproveitamento da área de pastagem, custos com alimentação das vacas que não emprenharam, doses de sêmen gastas, horas trabalhadas dos colaboradores no manejo desses animais. A soma de todos esses fatores resulta em uma redução do lucro”, pontua Letícia de Souza Santos, analista de produtos da Minerthal.

Letícia explica que os melhores resultados reprodutivos são alcançados quando a matriz está bem nutrida e apresenta escore corporal adequado. “Quando paramos para observar a média das fazendas brasileiras, apesar da estação de monta geralmente se concentrar no período do ano em que há grande disponibilidade de alimento, ao aplicar a técnica de IATF é muito comum as matrizes estarem abaixo da condição corporal ideal para emprenhar, principalmente as primíparas”, observou.

Isso ocorre porque a vaca precisa manter a gestação com bom escore corpóreo, pois se parir mais leve e estiver abaixo do peso, o desafio para recuperar condição corporal de setembro a dezembro (amamentando bezerro), por exemplo, é muito grande. Além disso, nesta época do ano (período de final de seca e transição) a condição das pastagens é ruim. O resultado será animais que estarão entrando na estação ainda sem estarem ciclando.

A Letícia alerta que é preciso ter um cuidado ainda maior no terço final da gestação – parição e intervalo até a estação de monta – quando o período se caracteriza pela baixa disponibilidade e qualidade da pastagem. “Neste momento a fisiologia da vaca também exige alta demanda por nutrientes e por este motivo torna-se tão importante pensar em soluções nutricionais para que os criadores não passem aperto com as matrizes”, ressaltou.

Fonte: Attuale Comunicação

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