Equídeos

Como a medição de soro amiloide A pode auxiliar o diagnóstico de doença em cavalos

Recurso auxilia médicos veterinários em diversas fases de acompanhamento de equinos


Publicado em: 17/11/2020 às 14:40hs

Como a medição de soro amiloide A pode auxiliar o diagnóstico de doença em cavalos

Produzida principalmente pelo fígado como parte de uma resposta inflamatória, a proteína amiloide A sérica (SAA) é um biomarcador não específico do organismo que pode indicar a gravidade de uma infecção e como o corpo está lidando com isso. "Em cavalos, esse é um sinalizador com 97% de acurácia, tanto para inflamações de causas infecciosas como não infecciosas. Nenhum outro tem essa precisão", informa o médico-veterinário Chester Batista, Gerente Técnico da Zoetis. 

Além da confiabilidade do sinalizador, a rapidez com que ele é produzido pelo organismo é outro fator que acelera o diagnóstico nos animais. "Com apenas seis horas do início do processo inflamatório, já é possível medir o SAA e agir no tratamento do cavalo", acrescenta a zootecnista Renata Fernandes, Gerente de Produto da Zoetis. 

O SAA pode ser medido em diversas situações - para identificar uma inflamação no animal apresentando sinais clínicos, em fase pré-operatória, para saber se o animal está com algum processo inflamatório, antes de competições e para acompanhar a evolução de tratamentos. "Se o animal está recebendo um tratamento e, depois de alguns dias, ainda apresenta SAA alto, significa que não está sendo eficaz e precisamos rever essa terapia", explica Batista. "Essa rapidez no acompanhamento da evolução e tomada de decisão nos tratamentos é fundamental e condiz com a nossa linha de trabalho de cuidado contínuo e de uso responsável de antibióticos ", reforça Renata. 

Ainda de acordo com os especialistas, o SAA é o marcador com o tempo de resposta mais rápido e também o que cai mais rápido, após a infecção controlada. "Se a infecção for completamente eliminada, o SAA circulante decrescerá 50% a cada 24 horas", diz Batista. 

"Esse é um recurso descoberto recentemente pelo pesquisador irlandês Heinrich Anhold e já usado em equinos em mais de 25 países. Felizmente, a tecnologia que afere o SAA deve chegar muito em breve ao Brasil também", comemora Renata.