Publicado em: 26/05/2021 às 18:00hs
Do déficit de abastecimento em alguns países pode nascer a oportunidade de exportação de produtos brasileiros. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, no Paraguai, por exemplo, a produção local de mel gira em torno de 1 mil toneladas ao ano, enquanto a demanda pelo item é de 3 mil toneladas. O mercado interno não consegue atender a demanda de 2 mil toneladas.
A tendência de aumento na procura pelo produto é de alta, já que a procura pelo produto no Paraguai cresceu nos últimos três anos, especialmente em função da inclusão do produto na tabela nutricional de escolas e outros segmentos. “Por se tratar de um país do Mercosul, a comercialização de produtos é facilitada. Já que não possui incidência do imposto de importação se o produto comprovar origem brasileira, a partir da emissão do documento certificado de origem, desta forma, o produto chega mais competitivo nos vizinhos”, explica a consultora do programa Agro.BR, do Senar/MS, Nathália Alves.
Outras cadeias produtivas também sinalizam potenciais para as vendas externas. Em fevereiro deste ano foram exportados cerca de U$ 57,2 milhões em frutas, um dos destaques é o limão, que tem potencial elevado de vendas para o Canadá e Espanha, por exemplo. “O Canadá não tem produção desta fruta, o que abre caminho para que o Brasil exporte as variedades de taiti e siciliano. Somos o segundo maior fornecedor de limões para a Espanha, atrás somente da Argentina”, explica.
De acordo com a Peixe BR, no primeiro trimestre de 2021, o setor de pescados brasileiro registrou alta de 2% nas vendas para o exterior, comparado ao mesmo período do ano anterior. A tilápia foi a principal espécie comercializada com U$ 2,6 milhões. “Mato Grosso do Sul é o maior exportador deste produto e os Estados Unidos o principal cliente. Em 2020 a venda de filés congelados avançou consideravelmente também. Até então vendíamos predominantemente os peixes frescos ou refrigerados”, acrescenta.
De acordo com orientações do programa de internacionalização dos produtos brasileiros, idealizado entre a CNA e a Apex-Brasil, o primeiro passo para exportar é analisar o mercado alvo. A empresa precisa fazer um planejamento e estar preparada para atender os critérios de cada país. “É importante verificar se o futuro mercado está aberto para a entrada do produto brasileiro em questão, checar os documentos e certificações obrigatórias para a importação, detalhes da embalagem, preços praticados, definir o melhor canal de entrada e o perfil do comprador, além de verificar também as exigências a serem cumpridas do lado brasileiro”, explica.
Os interessados em ampliar as possibilidades e vender seus produtos para o mundo podem acessar o link e obter mais informações de como participar do programa.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA
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