Maquinas e Implementos

Venda de máquinas agrícolas cai 22,5% em fevereiro, diz Anfavea

No acumulado do ano, o segmento cai 30,2% ante igual período de 2017


Publicado em: 07/03/2018 às 11:30hs

Venda de máquinas agrícolas cai 22,5% em fevereiro, diz Anfavea

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no atacado atingiram 2,4 mil unidades em fevereiro, queda de 22,5% na comparação com igual mês do ano passado, mas avanço de 49,7% ante janeiro, divulgou nesta terça-feira (6) a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado do ano, o segmento cai 30,2% ante igual período de 2017.

A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias, por sua vez, chegou a 3,9 mil unidades em fevereiro, retração de 10% em comparação com igual mês do ano passado, mas expansão de 43,6% em relação a janeiro. O número de unidades fabricadas tem expansão de 1,4% no acumulado dos dois primeiros do ano ante igual período de 2017, para 6,6 mil.

As exportações de máquinas agrícolas, em valores, totalizaram US$ 293,7 milhões no segundo mês de 2018, alta de 56,2% na comparação com igual mês do ano passado, mas queda de 2,9% ante janeiro. No ano, as vendas externas acumulam alta de 79,8%, para US$ 596,1 milhões.

O total de máquinas agrícolas exportadas em fevereiro chegou a 982 unidades, crescimento de 32,2% em relação a igual mês do ano passado. Em comparação com janeiro, houve aumento de 26,7%. No acumulado do ano, os embarques avançam 50,6%, para 1,7 mil unidades.

O presidente da Anfavea, Antonio Megale, afirmou que as previsões para o segmento de máquinas agrícolas em 2018 devem ser revisadas para números mais otimistas. Hoje, a associação aposta em avanço de 3,7% nas vendas internas e de 11,8% na produção. As revisões devem ocorrer nos próximos meses.

Segundo o vice-presidente da Anfavea para a área de máquinas agrícolas, Alfredo Miguel Neto, o otimismo se deve a uma série de fatores. Um deles é a expectativa positiva para os preços das commodities no mercado internacional, em razão da seca na Argentina e de problemas climáticos que são esperados nos Estados Unidos. "Isso tende a manter os preços em alta", disse.

Miguel Neto acrescentou que os produtores estão mais confiantes com seus negócios. "O índice de confiança cresceu no último trimestre e o momento atual é de ainda mais otimismo", declarou. A confiança também aumenta, ele disse, quando os produtores veem que o Ministério da Agricultura prepara um plano de macrologística para o Brasil.

Além disso, o executivo afirmou que o crédito rural tem crescido, citando avanços de 24% em fevereiro ante fevereiro do ano passado e de 15% em relação a janeiro. E a expectativa para a liberação de recursos por meio de financiamentos também é positiva. "Esperamos que o Plano Safra continue bastante atrativo", afirmou.

Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

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