Os produtores do Rio Grande do Sul estão otimistas com o potencial produtivo das lavouras. Na produção de sementes, a cultivar BRS Belajoia poderá alcançar a média de 70 sacos por hectare.

Em Santo Augusto, RS, a Sementes Van Ass está multiplicando a cultivar BRS Belajoia em 60 hectares na Fazenda Dois Coqueiros. A lavoura mostra potencial de ultrapassar 70 sacos por hectare: “Em alguns talhões podemos passar de 80 sacos por hectare. Um resultado capaz de marcar esta como uma das melhores safras de trigo do Estado”, avalia o engenheiro agrônomo Mário Gallas, destacando que o final de ciclo da cultura é a fase decisiva para a lavoura de trigo: “quanto mais tempo levar para o trigo acabar a maturação, melhor o resultado da lavoura. Dependemos agora do clima para não trazer problemas de espiga até o final do mês, quando planejamos a colheita na região”.

De acordo com o produtor Eduardo Van Ass, além do potencial de rendimento, a cultivar BRS Belajoia se destacou pela sanidade: “Foi difícil controlar o oídio nas outras cultivares, mas a BRS Belajoia mostrou vigor e sanidade logo na fase vegetativa e manteve as folhas verdes até agora. Acredito que a cultivar pode ser manejada apenas com a aplicação de fungicidas a partir da fase reprodutiva, visando prevenir doenças de espiga. Redução de custos também deve ser considerado na escolha da cultivar”.

No município de Marau, RS, a Agromar Sementes produz 25 hectares de trigo BRS Belajoia. O produtor Felipe Bortoluzzi investiu em três aplicações de fungicidas na lavoura, mas reconhece que, ainda assim, a BRS Belajoia recebeu uma aplicação a menos do que as outras quatro cultivares de trigo em multiplicação na área. “Talvez nem fossem necessárias as aplicações de fungicidas até o espigamento, mas como o investimento na produção de sementes é alto, não podemos arriscar”, avalia Felipe, destacando a visível sanidade da cultivar. A previsão é chegar aos 4 mil quilos por hectare, cerca de 65 sacos/ha.