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Tabaco cresceu 40% a mais graças aos seus novos genes

A conquista "confirma a possibilidade de obter benefícios agrícolas reais"


Publicado em: 08/02/2019 às 11:00hs

Tabaco cresceu 40% a mais graças aos seus novos genes

Uma equipe de engenheiros genéticos da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) criou plantas de tabaco que crescem até 40% a mais que o normal. Se esse avanço pudesse ser replicado em plantas como soja e batata, a oferta global de alimentos poderia aumentar, mesmo que essas novas “fabricações” levem muito tempo para chegar ao campo.

De acordo com eles, para isso, a equipe introduziu na planta uma espécie de "baipa foto-respiratória". Sob este termo estão escondidas mudanças genéticas que permitem que as plantas convertam a luz solar em energia de forma mais eficiente, tornando essas plantas geneticamente modificadas mais altas e mais pesadas que o normal.

O cientista especializado em plantas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, também nos Estados Unidos, Heike Sederoff, que realizou estudos laboratoriais similares, descreve este novo avanço, publicado na revista Science, como a primeira vez em que tal aumento foi observado em um teste de campo deste tipo. Para o especialista, a conquista "confirma a possibilidade de obter benefícios agrícolas reais".

Em 2016, a equipe demonstrou que era capaz de fazer com que as plantas de tabaco crescessem 20% mais, ajudando-as a responder mais rapidamente às mudanças de luz e sombra. Nesta ocasião, os pesquisadores criaram algumas variedades que usam menos energia durante a fotorrespiração, um processo que as plantas precisam eliminar uma toxina chamada glicolato, criada durante a fotossíntese.

Para fazer isso, o bioquímico do USDA Paul South, envolvido na pesquisa, acrescentou aproximadamente 16.000 cartas de instruções genéticas para um novo DNA nas plantas de tabaco. Essas mudanças genéticas incluíram uma nova maneira de eliminar o glicolato de uma forma mais eficiente, típica das bactérias.

Fonte: Agrolink

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