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Soja vê mercado ainda confuso sobre relação EUA x China e opera com cautela nesta 5ª na CBOT

Por volta de 9h10 (horário de Brasília), o março tinha US$ 9,17 e o maio, US$ 9,31 por bushel


Publicado em: 14/02/2019 às 11:30hs

Soja vê mercado ainda confuso sobre relação EUA x China e opera com cautela nesta 5ª na CBOT

Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago continuam trabalhando com estabilidade nesta quinta-feira (14) ainda na espreita à espera de novidades que possam direcioná-los de forma mais clara.

As informações sempre desencontradas e divergentes sobre as relações comerciais entre China e Estados Unidos são, segundo analistas e consultores, principal combustível para manter os traders ainda na defensiva.

Assim, depois de fecharem o pregão anterior com perdas tímidas de pouco mais de 0,50 ponto, os futuros da commodity subiam entre 0,50 e 0,75 ponto nas posições mais negociadas. Por volta de 9h10 (horário de Brasília), o março tinha US$ 9,17 e o maio, US$ 9,31 por bushel.

Nesta quinta-feira, a agência internacional de notícias Bloomberg informou que o presidente americano Donald Trump pretende estender o prazo para não subir as tarifas sobre as importações chinesas por mais 60 dias. O objetivo é dar mais tempo às negociações.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Preços da soja sobem no Brasil nesta 4ª com dólar e boa demanda; Chicago ainda de lado

O dólar fechou com mais de 1% de alta frente ao real nesta quarta-feira (13) e ajudou a dar espaço para uma melhora dos preços da soja no mercado brasileiro, principalmente no interior do país. Os ganhos chegaram a até 5%, como foi o caso do Oeste da Bahia, onde a última referência ficou em R$ 63,00 por saca.

A moeda americano fechou o pregão com ganho de 1,05% e valendo R$ 3,75.

Nos portos, os preços também subiram e, como explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, em uma tentativa dos compradores de atrair os vendedores, que seguem muito retraídos, mantendo travado o ritmo da comercialização.

Em Paranaguá, a soja spot fechou a quarta-feira com altas de 0,65% e R$ 77,50 por saca, enquanto em Rio Grande foi a R$ 76,80. com ganho de 0,79%. Na referência para março, R$ 78,50 no terminal paranaense e R$ 78,00 no gaúcho, com avanços respectivos de 0,64% e 1,30%. Para meses mais distantes, Paranaguá já marca algo entre R$ 81,00 e R$ 82,00 por saca.

"Os compradores esperam que os negócios voltem a fluir e que os vendedores apareçam para fazer fechamentos", diz Brandalizze.

E o consultor explica ainda que a demanda internacional, principalmente da China, pela soja brasileira segue bastante ativa, mesmo com os negócios novos ainda se mostrando bem raros. As exportações de janeiro - resultado de contratos fechados há alguns meses - foram fortes, bateram recorde para o mês e, internamente, o consumo também é crescente e o ano é forte.

Mercado Internacional

O que ainda limita uma melhora mais consistente dos preços da soja no Brasil é a movimentação lateral dos futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago. Faltam fôlego e novas notícias para os preços da soja no mercado futuro norte-americano e, até que esse contexto mude, esse ainda deve ser o comportamento das cotações, também como explica Brandalizze.

Os traders seguem esperando por novidades, principalmente, das relações entre China e Estados Unidos e da demanda e necessidade da nação asiática de se voltar ao mercado americano para garantir esses volumes de soja.

Ainda segundo Brandalizze, até que estas informações comecem a surgir, os preços deverão se manter, nas posições mais curtas, no intervalo de US$ 9,10 a US$ 9,20 por bushel, enquanto os contratos mais distantes seguem buscando os US$ 9,50.

A cautela permanece entre os negócios em Chicago e os futuros da commodity ainda limitados. " Ainda não há novidades direcionadoras, entretanto, permanece o otimismo para a reconciliação entre as nações", acredita a ARC Mercosul.

Fonte: Notícias Agrícolas

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