Soja

Soja trabalha estável em Chicago nesta 4ª feira e espera notícias para definir direção

Perto de 8h20 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 0,50 e 1,25 ponto nos principais vencimentos, com o novembro a US$ 8,94 e o março, US$ 9,20 por bushel


Publicado em: 18/09/2019 às 10:35hs

Soja trabalha estável em Chicago nesta 4ª feira e espera notícias para definir direção

Nesta quarta-feira (18), a estabilidade volta aos preços da soja e os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago operam com leves altas. Perto de 8h20 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 0,50 e 1,25 ponto nos principais vencimentos, com o novembro a US$ 8,94 e o março, US$ 9,20 por bushel.

O mercado segue bastante cauteloso e em compasso de espera, principalmente, sobre as notícias que devem chegar sobre as relações entre China e Estados Unidos. Nos últimos três dias foram anunciadas compras chinesas de soja no mercado americano, porém, sem força para provocar uma reação mais expressiva das cotações.

Do lado dos fundamentos, o mercado se atenta ao clima no Corn Belt, já que a colheita do milho já está em andamento e a da soja deve começar em mais algumas semanas. O atraso é considerável, porém, nesse momento, sem ameaças severas de geadas que pudessem comprometer ainda mais a safra norte-americana.

A volatilidade também pode se acentuar ao longo do dia com a s declarações que podem vir da reunião do Federal Reserve, iniciada ontem, e que podem impactar diretamente o andamento do mercado financeiro e do mercado de câmbio. Atenção dos traders a esse fator também, portanto.

Veja ainda como fechou o mercado nesta terça-feira:

Negócios com a soja travam no Brasil com mercado monitorando clima seco e atraso no plantio, além de recuo nos prêmios

Em Chicago, soja tem mercado técnico com investidores em compasso de espera, aguardando avanço no acordo comercial China X EUA

A soja encerrou esta terça-feira (17) com baixas nos principais vencimentos, com novembro/19 em US$ 8,93 e março/20 em US$ 9,19, o que representa uma queda de 6,25 pontos. Para Camilo Motter, da corretora Granoeste, essas quedas representam um dia mais técnico em Chicago, devolvendo as altas dos últimos dias. Segundo ele, o mercado segue aguardando um acordo mais concreto entre Estados Unidos e China, o que daria mais confiança aos investidores, mesmo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informando uma nova venda de soja para a China.

Dessa vez foram 260 mil toneladas e também referentes à safra 19/20. Esta é a terceira venda pelo terceiro dia consecutivo dos americanos para os chineses, confirmando as últimas informações sobre a tentativa de os dois países estarem, de fato, buscando um acordo ao menos parcial. Com esse compra, o total adquirido desde a última sexta-feira (13) passa de 600 mil toneladas.

A retomada de negócios entre os dois países, um ponto que tem sido levantado como essencial por diversos analistas entrevistados pelo Notícias Agrícolas, acabou pressionando os preços no mercado interno brasileiro. Os prêmios, que giravam entre 130/140 pontos, nessa terça ficaram na casa dos 80 pontos para a referência de setembro.

De acordo com Motter, isso tem feito com que os produtores brasileiros desacelerassem a movimentação de negócios, aguardando preços mais atrativos. A safra nova também segue com lentidão, principalmente por causa do clima. Segundo ele, é necessário também seguir com atenção as previsões climáticas dos próximos dias, já que um clima desfavorável pode atrasar o plantio da próxima safra.

Fonte: Notícias Agrícolas

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