Soja

Soja tem leve correção nesta 5ª feira em Chicago após alcançar melhores patamares em seis meses

As cotações devolviam parte das últimas altas, ainda buscando garantir seu equilíbrio depois das últimas notícias e das incertezas que o mercado ainda tem pela frente


Publicado em: 13/12/2018 às 11:11hs

Soja tem leve correção nesta 5ª feira em Chicago após alcançar melhores patamares em seis meses

Os preços da soja recuam levemente na manhã desta quinta-feira (13) na Bolsa de Chicago. As cotações devolviam parte das últimas altas, ainda buscando garantir seu equilíbrio depois das últimas notícias e das incertezas que o mercado ainda tem pela frente. Assim, por volta de 7h55 (horário de Brasília), os futuros da commodity perdiam pouco mais de 1 ponto.

Com isso, o vencimento janeiro/18, que segue como o mais negociado entre os principais, valia US$ 9,18, enquanto o maio/19 tinha US$ 9,44 por bushel. Com as altas do pregão anterior, os preços bateram em suas máximas em seis meses na CBOT.

A guerra comercial entre China e Estados Unidos continua sendo o ponto-chave do mercado, mesmo depois de estatais chinesas terem informado boas compras feitas no mercado americano. A notícia chegou nesta quarta, animou o mercado, porém, já estava precificada e agora os traders buscam, mais uma vez, balancear as informações.

Fato é que, nos últimos dias, com a evolução das negociações entre Donald Trump e Xi Jinping, a aversão ao risco nos mercados internacionais foi amenizada e deu mais espaço à essa tentativa de recuperação das cotações no mercado futuro norte-americano.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja: Nova compra da China já estava nos preços e Chicago fecha a 4ª feira com leves altas

Mercado se atenta agora ao futuro das tarifas que ainda pesam para as empresas privadas na nação asiática. Para o produtor brasileiro, vantagem vem com baixa expressiva dos prêmios, da antecipação da colheita e da alta qualidade da soja, fatores que mantêm e ampliam sua competitividade.

Nesta quarta-feira (12), uma notícia de que a China estaria, de fato, voltando a comprar soja dos Estados Unidos, com um volume de 500 mil toneladas, avaliadas em US$180 milhões, agitou o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT).

Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest, destacou que há um total de até 5 milhões de toneladas que poderiam ser compradas pela SinoGrain, uma empresa estatal do país asiático, que, ao contrário das empresas privadas, não têm de pagar a taxa de 25% para a importação.

Assim, é possível observar uma atitude mais proativa e mais flexível para negociar tarifas com os Estados Unidos, o que é um passo importante dentro dos 90 dias de trégua. Retirar a tarifa por inteiro seria parte desse cronograma.

O grosso das compras chinesas advêm das empresas privadas que, no momento, encontram uma situação mais confortável para comprar soja brasileira, ainda mais com a queda dos prêmios por aqui.

Este período também coincidiu com um aumento do volume de soja prevista para essa safra no Brasil, o que também pressionou os prêmios. A China está pouco coberta na questão do abastecimento e sinaliza a necessidade de matéria-prima - entretanto, a questão da peste suína deve ser um fator de atenção para 2019.

O atual intervalo de preços na CBOT, que vai de US$9,20/bushel a US$9,60/bushel, deve depender do comportamento dos prêmios e das notícias do mercado para se mostrar uma tendência ou não.

Fonte: Notícias Agrícolas

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