Soja

Soja tem leve avanço em Chicago nesta 6ª feira com recuperação e atenta ao clima

As cotações subiam pouco mais de 2 pontos nos principais contratos, por volta de 7h50 (horário de Brasília), com o julho valendo US$ 8,24 e o agosto, US$ 8,31 por bushel


Publicado em: 24/05/2019 às 10:50hs

Soja tem leve avanço em Chicago nesta 6ª feira com recuperação e atenta ao clima

Os preços da soja tem leves ganhos nesta sexta-feira (24) na Bolsa de Chicago. As cotações subiam pouco mais de 2 pontos nos principais contratos, por volta de 7h50 (horário de Brasília), com o julho valendo US$ 8,24 e o agosto, US$ 8,31 por bushel.

O mercado internacional busca recuperar parte das últimas baixas registradas na sessão anterior e se prepara para um final de semana prolongado. Na próxima segunda-feira, 27 de maio, a CBOT não funciona em função do feriado do Memorial Day comemorado nos EUA.

Assim, os traders procuram realinhar suas posições, principalmente por conhecerem a evolução do plantio americano somente na terça que vem (28), em um cenário de condições tão adversas para o produtor americano.

E esse tem sido o principal foco do mercado em Chicago. Mercado segue atento às questões da área que será efetivamente plantada nos EUA, as previsões climáticas, ao mesmo tempo em que divide atenção com as questões políticas e comerciais.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja fecha em queda na CBOT diante dos detalhes da ajuda de Trump aos produtores dos EUA

O mercado da soja na Bolsa de Chicago fechou a sessão desta quinta-feira (23) em campo negativo. Os preços terminaram o dia perdendo pouco mais de 7 pontos nos principais contratos, com o julho valendo US$ 8,21 por bushel e o agosto, US$ 8,28.

As cotações reagiram, principalmente, às previsões sinalizando melhores condições de clima a partir do início de junho, perto do dia 3. No entanto, as preocupações não deixam o radar dos traders, e o cenário ainda bastante desfavorável para os próximos dias continua servindo como um suporte para as cotações.

E de acordo com a última previsão do NOAA, o serviço oficial de clima do governo americano, nos sete dias próximos as chuvas fortes ainda não dão trégua. A maior parte do Centro-Oeste e parte das Planícies ainda poderiam registrar acumulados de até 100 mm neste intervalo, como ilustra a imagem abaixo. O mapa refere-se ao período de 23 a 30 de maio.

Se o clima mantém a volatilidade do mercado internacional, as questões políticas ainda inspiram algum cuidado e exigem acompanhamento diário.

Nesta quinta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) deu mais detalhes sobre o pacote demajuda do governo Trump aos produtores americanos de US$ 16 bilhões. Segundo o comunicado, serão destinados US$ 14,5 bilhões a pagamentos diretos aos produtores. Os pagamentos aos agricultores serão uma taxa única por município e não por mercadoria e baseados nos danos comerciais de cada condado.

Os valores destinados a cada produto, porém, ainda não são conhecidos e serão divulgados mais a frente. A primeira rodada de pagamentos pode acontecer entre julho ou agosto.

"O anúncio sobre os pagamentos feito nesta quinta-feira deixaram os traders apreensivos sobre a continuidade da guerra comercial entre China e Estados Unidos, provocando uma queda dos preços da soja, do milho e do trigo. Porém, o mercado também se mantém atento às previsões de clima no curto e médio prazo, que ainda sugerem um plantio lento", explicou o analista Ben Potter, do portal internacional Farm Futures.

Ainda nesta quinta, o USDA reportou suas vendas semanais e o número veio apenas dentro das expectativas do mercado.

Da safra 2018/19, os EUA venderam 535,8 mil toneladas de soja em grão, contra projeções de 100 mil a 800 mil toneladas. O volume é 45% maior do o da semana anterior e está acima também da média das últimas quatro semanas. Destinos não revelados foram os maiores compradores.

Em todo o ano comercial, os EUA já comprometeram 45.772,9 milhões de toneladas de soja em grão, contra mais de 55 milhões do mesmo período do ano anterior. Em seu último reporte, o USDA reduziu sua estimativa para as exportações de soja totais dos EUA para 48,31 milhões de toneladas.

MERCADO NACIONAL

Nos portos, os preços da soja, mais um dia, cederam e perderam um pouco de força diante das baixas de Chicago. O que sustenta as referências, porém, é o dólar ainda acima dos R$ 4,00 e os prêmios bem mais altos do que nos últimos meses, conseguindo manter-se na casa de US$ 1,00 acima dos preços praticados na CBOT.

Assim, as baixas nos principais terminais do país perderam enre 0,62% e 1,26%, e variam de R$ 78,50 - para junho em Rio Grande - a R$ 80,50 em Paranaguá. Para a safra nova, os indicativos são ligeiramente mais altos.

Já no interior, os preços também registraram perdas em algumas praças de comercialização, como Rondonópolis/MT, onde o preço cedeu para R$ 68,50, com queda de 2,14%.

No entanto, algumas praças conseguiram registrar valorizações, principalmente nas praças do Sul do Brasil. Em Castro/PR, a alta foi de 1,30% para R$ 78,00 por saca. As realidades locais contribuem para os ganhos.

Fonte: Notícias Agrícolas

◄ Leia outras notícias