Soja

Soja tem estabilidade em Chicago nesta 6ª feira, mas operando do lado positivo da tabela

Os futuros da commodity, por volta de 8h55 (horário de Brasília), subiam entre 2 e 3,50 pontos nos principais vencimentos, com o o maio/19 valendo US$ 9,23 por bushel


Publicado em: 11/01/2019 às 11:50hs

Soja tem estabilidade em Chicago nesta 6ª feira, mas operando do lado positivo da tabela

Os preços da soja retomam parte das baixas observadas ontem na Bolsa de Chicago e trabalham com leves altas no pregão desta sexta-feira (11). Os futuros da commodity, por volta de 8h55 (horário de Brasília), subiam entre 2 e 3,50 pontos nos principais vencimentos, com o o maio/19 valendo US$ 9,23 por bushel.

"Sendo véspera de final de semana e com sentimento negativo em relação às negociações na guerra comercial EUA/China, somente alguma declaração surpreendente das partes para voltar a animar o mercado", explica o analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia.

Durante toda a semana o mercado vem esperando pela confirmação de informações sobre as quais se especulou nos últimos dias, mas a mesma não chegou e a cautela volta aos fundos investidores. Além disso, o mercado espera também pelos dados mais claros e consistentes do tamanho real das perdas na safra brasileira.

"Ainda mais com a colheita avançando no Brasil e com o mercado na dúvida em relação ao tamanho das perdas de safra no Brasil, é possível continuarmos vendo traders na defensiva por enquanto", completa Cachia.

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Soja fecha com baixas de dois dígitos em Chicago nesta 5ª feira com liquidação de posições

A quinta-feira (10) foi de liquidação de posições por parte dos fundos investidores no mercado internacional da soja. Assim, as cotações da oleaginosa fecharam o dia perderam mais de 16 pontos nos principais contratos.

Com isso, o vencimento janeiro perdeu o patamar dos US$ 9,00 por bushel e ficou em US$ 8,95. O maio/19, que é importante referência para a safra do Brasil, terminou os negócios com US$ 9,20 por bushel.

Segundo explicou o analista de mercado Cristiano Palavro, da ARC Mercosul, o mercado se valeu das últimas altas para realizar lucros, além de ainda aguardar - com cautela - por informações mais consistentes sobre as relações comerciais entre China e Estados Unidos. A confirmação de que os chineses estariam, de fato, fazendo compras no mercado norte-americano e de que ambos os países estariam mais próximos de um acordo ainda não chegou e essa ausência de novidades pressiona.

Da mesma forma, a paralisação do governo Trump que também limita as informações relacionadas às exportações norte-americanas é outro fator de limitação também para os preços, ainda segundo o executivo.

Ainda entre as informações que precisam de mais clareza estão aquelas relacionadas à nova safra brasileira de soja. O mercado já precificou parte das perdas observadas no país, porém, como explica Palavro, caso essa quebra se agrave - e os mapas climáticos para os próximos dias são preocupantes - as cotações teriam fôlego para um novo avanço.

E nesta quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) trouxe seu novo levantamento de safra mostrando a produção de soja em 118,8 milhões de toneladas, contra consultorias privadas falando em 116 milhões de toneladas, em média e frente a sua última estimativa de 120,06 milhões trazida em dezembro.

Mercado Brasileiro

No Brasil, as cotações ainda não refletem toda a movimentação que vem sendo observada na Bolsa de Chicago, porém, exige extrema atenção do produtor. A comercialização deverá ser estratégica neste ano de menor produtividade, o dólar mais baixo e volatilidade na CBOT. Neste momento, novos negócios ainda acontecem com baixos volumes e de forma pontual.

Nesta quinta, com as perdas intensas em Chicago, os preços no mercado nacional cederam tanto no interior - com baixas chegando a até 5% - quanto nos portos.

Em Paranaguá, o spot fechou com R$ 76,00 e baixa de 0,91%, enquanto o fevereiro foi a R$ 76,20, com queda de 0,39%. Em Rio Grande, perda de 1,30 no disponível, para R$ 76,00, e de 1,44% para o próximo mês, com a referência em R$ 75,50 por saca.

O dólar subiu 0,78%, fechou com R$ 3,7091 na venda, mas o movimento foi insuficiente para dar suporte às cotações no Brasil. A moeda americana corrigiu as últimas baixas, mas deve seguir volátil, segundo especialistas.

"A saída foi expressiva e fez um movimento brusco no dólar", comentou um gestor de derivativos de um banco estrangeiro à Reuters ao citar algo em torno de 1 bilhão de dólares.

Fonte: Notícias Agrícolas

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