Soja

Soja sobe em Chicago nesta 3ª com trabalhos de campo evoluindo menos do que esperado nos EUA

Perto de 7h45 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 5,50 e 6,50 pontos, com o julho valendo US$ 9,15 e o agosto, US$ 9,21 por bushel


Publicado em: 25/06/2019 às 10:50hs

Soja sobe em Chicago nesta 3ª com trabalhos de campo evoluindo menos do que esperado nos EUA

Com os trabalhos de campo ainda abaixo do esperado nos Estados Unidos, o preços da soja continua subindo na Bolsa de Chicago. Perto de 7h45 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 5,50 e 6,50 pontos, com o julho valendo US$ 9,15 e o agosto, US$ 9,21 por bushel. O mercado reage hoje aos números trazidos no fim da tarde pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) após o fechamento do pregão.

A instituição informou que 85% da área já foi semeada, enquanto na semana passada eram 77%. A média esperada pelo mercado era de 87%, no ano passado o plantio já estava concluído e a média plurianual da oleaginosa é de 97%. E neste caso, Ohio é quem lidera o atraso, com apenas 65% de seu plantio concluído, contra 99% do ano passado e 98% de média.

Além disso, reportou ainda que 71% das lavouras de soja já germinaram até o último domingo (23), enquanto eram 55% na semana passada e 91% de média plurianual.

Pela primeira vez nesta safra, o USDA trouxe os índices de condições de lavouras mostrando 54% delas em condições boas ou excelentes. O mercado esperava 57%. Há um ano, 75% das lavouras estavam em boas/excelentes condições e a média é de 69%. São ainda 36% dos campos em estado regular e 10% em situação ruim ou muito ruim.

"O mercado dos grãos continua subindo na medida em que as condições desfavoráveis no Corn Belt - com o excesso de chuvas e as baixas temperaturas - seguem marcando esta safra. Agora, se espera a confirmação de um tempo um pouco mais quente e seco nas próximas semanas, como mostram as últimas previsões", explicam os consultores da Allendale, Inc.

Ainda nesta semana, intensa especulação também sobre os boletins que o USDA traz na sexta-feira, 28, de estoques trimestrais e, principalmente, área de plantio, bem como sobre a reunião do G20 que começa na sexta também, e onde podem se encontrar Donald Trump e Xi Jinping.

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Os preços da soja fecharam o pregão desta segunda-feira (24) em alta na Bolsa de Chicago. As preocupações com as atuais condições da safra 2019/20 dos EUA têm ainda servido de combustível para os preços e motivaram, segundo explicou o analista de mercado Ben Potter, do portal internacional Farm Futures, algumas compras técnicas entre os fundos investidores.

Assim, os principais contratos teerminaram o dia subindo pouco mais de 6 pontos, com o julho valendo US$ 9,09 e o agosto, US$ 9,14 por bushel. O vencimento novembro ficou em US$ 9,32.

Após um final de semana chuvoso em todo o Meio-Oeste americano e de uma forte queda de granizo em partes do Corn Belt, o mercado espera agora por condições ligeiramente melhores para o desenvolvimento das lavouras de soja e milho dos Estados Unidos a partir da próxima semana.

No entanto, embora os mapas já mostrem acumulados menores para o cinturão produtivo nos próximos dias, os relatos de produtores em diversos pontos das regiões produtoras do país ainda impressionam. São muitos campos ainda embaixo d'água, germinação e desenvolvimento atrasados e indicativos de perdas de produtividade. As incertezas são muitas nesta temporada.

Assim, os traders seguem muito atentos aos boletins semanais de acompanhamento de safras que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz todas as segundas-feiras. E nesta semana, especificamente, há ainda atenção redobrada com o relatório que chega na sexta-feira, 28 de junho, com o reajuste da área de plantio norte-americana.

No mesmo dia, o órgão traz ainda a posição dos estoques trimestrais em 1º de junhos nos EUA e estes também são números que deverão mexer com o andamento do mercado em Chicago.

Ao mesmo tempo, os traders especulam também sobre a reunião do G20 que acontece no final desta semana, em Osaka, no Japão, e onde devem se encontrar Donald Trump e Xi Jinping, retomando as negociações da guerra comercial, que estão paralisadas há quase dois meses.

As opiniões sobre o encontro dos presidentes estão divididas neste momento. A única convergência entre elas é de que qualquer sinalização de uma retomada das negociações - paradas desde maio, quando os EUA aumentaram as tarifações sobre a China e o país retaliou - seria uma boa notícia para a economia mundial, já severamente afetada pela disputa e pelas incertezas que carrega ao continuar.

Entre analistas brasileiros, a expectativa de um acordo entre os presidentes é muito distante. Tanto para Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, como para Ginaldo de Sousa, diretor do Grupo Labhoro, o que pode acontecer no final desta semana é apenas uma conversa e talvez uma retomada das negociações efetivamente. "Um acordo ainda está longe", disseram ambos os especialistas.

MERCADO BRASILEIRO

A baixa do dólar neste início de semana, que levou a a moeda americana à casa de R$ 3,81, limitou o impacto dos ganhos em Chicago na formação dos preços no Brasil e os indicativos encerraram o dia perdendo mais de 1% em praças do interior.

Em São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul, perda de 1,47% para R$ 67,00 por saca; em Cascavel, Paraná, a perda foi de 1,42% para R$ 69,50 e em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, perda de 1,41% para R$ 70,00 pr saca. Os demais estados também registraram baixas, porém, menos intensas.

Nos portos, as referências também cederam, mas ainda se mantêm acima dos R$ 80,00 por saca. A soja disponível encerrou os negócios desta segunda-feira com perda de 0,61% em Paranaguá e Rio Grande, com preços de R$ 81,80 e R$ 82,00, respectivamente. Para julho, R$ 82,50 em ambos os casos, com estabilidade no terminal paranaense e baixa de 0,60% no gaúcho.

Fonte: Notícias Agrícolas

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