Soja

Soja segue trabalhando em alta na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira e procura direção

Os futuros da commodity, por volta de 7h50 (horário de Brasília), subiam entre 2,50 e 3 pontos nos vencimentos mais negociados, com o janeiro sendo cotado a US$ 8,80 e o março, US$ 8,95 por bushel


Publicado em: 05/12/2019 às 11:10hs

Soja segue trabalhando em alta na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira e procura direção

Nesta quinta-feira (5), o mercado da soja segue operando em campo positivo na Bolsa de Chicago. Os futuros da commodity, por volta de 7h50 (horário de Brasília), subiam entre 2,50 e 3 pontos nos vencimentos mais negociados, com o janeiro sendo cotado a US$ 8,80 e o março, US$ 8,95 por bushel.

"Com a recente queda, o mercado tenta dar sequência a recuperação técnica da semana. O limitador é a incerteza em relação ao desfecho da guerra comercial EUA/China", explica Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da AgroCulte.

O mercado segue muito focado na cena política, porém, aos poucos busca se focar em fatores de menor peso, mas que aos ganharem mais corpo podem ajudar a mudar o rumo dos preços. Além disso, o mercado também parece estar um pouco mais otimista em relação a um possível acordo entre China e EUA.

No entanto, ainda como explica Cachia, "por outro lado, outros entendem que o comentário/ameaça de Trump de que está começando a gostar da ideia de adiar um possivel acordo apenas para depois das eleições americanas de novembro 2020 é desanimador".

Ainda nesta quinta-feira, o mercado recebe também os números atualizados das vendas semanais para exportação dos EUA pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Produtor americano reduz ritmo de comercialização da soja a espera de melhores preços. Mercado em Chicago tem alta técnica

Fechamento de Mercado da Soja - Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting

Em um dia de movimentação técnica para a soja, o mercado encerrou os negócios desta quarta-feira (4) em campo positivo na Bolsa de Chicago. Segundo o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, foram pequenos detalhes que permitiram essa pontual recuperação dos futuros da oleaginosa.

Entre elas, estiveram a venda de 20 mil toneladas de óleo de soja para o Marrocos e os participantes do mercado comprando posições de soja e vendendo de milho, ao contrário do que aconteceu na semana anterior.

Da mesma forma, os produtores norte-americanos pouco evoluindo em sua comercialização também acaba por ser um fator de leve suporte às cotações na Bolsa de Chicago. Ainda como explica Brandalizze, os atuais patamares de preços estão cerca de US$ 2,00 abaixo do alvo do produtor.

Entre o valor praticado na CBOT e o subsídio ofertado pelo governo Trump de US$ 2,00 por bushel, o preço- alvo do sojicultor norte-americano era de US$ 11,20 por bushel, e abaixo disso ele deixa a ponta vendedora do mercado.

Assim, para o consultor, o mercado deve seguir trabalhando no intervalo de US$ 8,70 a US$ 9,00 por bushel, até que alguma notícia nova e forte venha para mudar o direcionamento das cotações. E essas mudanças poderiam vir ou do clima na América do Sul ou de um acordo entre China e Estados Unidos, em guerra comercial há quase dois anos.

MERCADO BRASILEIRO

O ritmo dos negócios no mercado brasileiro se mostra mais lento esta semana, com o dólar em baixa e preços menos atrativos para os produtores.

Para a safra velha, os preços variam entre R$ 88,50 e R$ 89,00 nos portos, onde alguns negócios são efetivados. O Brasil tem, no entanto, menos de 10 milhões de toneladas de soja ainda para negociar. Na safra nova, com mais de 35% já comprometida, os produtores também evitam novos negócios e optam por manter o foco sobre os trabalhos de campo.

Fonte: Notícias Agrícolas

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