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Soja recua em Chicago nesta 2ª feira realizando lucros e refletindo menores importações da China

Por volta de 6h (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 4,50 e 4,75 pontos nos principais contratos, com o março/19 valendo US$ 9,05 e o maio/19 com US$ 9,19


Publicado em: 14/01/2019 às 12:10hs

Soja recua em Chicago nesta 2ª feira realizando lucros e refletindo menores importações da China

Nesta segunda-feira (14), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago dão início à semana operando em campo negativo. O mercado corrige perte das últimas baixas, bem como reflete ainda os números menores das importações chinesas da oleaginosa em 2018.

Por volta de 6h (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 4,50 e 4,75 pontos nos principais contratos, com o março/19 valendo US$ 9,05 e o maio/19 com US$ 9,19. O janeiro não tinha variação, pois já sai da tela nos próximos dias.

As compras de soja da China, no ano passado, recuaram no ano passado pela primeira vez desde 2011 e os números divulgados neste início de semana acabaram por trazer um pouco mais de pressão aos preços na CBOT. A baixa se deu em função da guerra comercial instalada entre o país asiático e os EUA desde meados do ano passado.

De acordo com dados da Secretaria Geral da Alfândega da China, as compras de soja em 2018 somaram 88,03 milhões de toneladas, um recuo de 7,9% em relação ao ano passado. Em dezembro, as importações foram de 5,72 milhões, segundo cálculos da Reuters Internacional.

"A China não está comprando soja dos EUA, apesar das expectativas de que em algum momento ela terá de vir ao mercado americano por necessidade", diz o agroeconomista Phin Ziebell, do Banco Nacional da Austrália.

Da mesma forma, o mercado ainda espera por uma clareza maior sobre a nova safra da América do Sul, principalmente sobre o tamanho da produção brasileira, que ainda vem contabilizando suas perdas.

Veja como fechou o mercado na última sexta-feira:

Soja fecha com leves altas em Chicago nesta 6ª em mercado esvaziado de informações

As cotações da soja subiram nesta sexta-feira (11) na Bolsa de Chicago. Apesar de corrigirem parte das baixas do pregão anterior - de mais de 16 pontos - os preços mantiveram sua estabilidade e terminaram o dia com pequenos ganhos de 3,50 a 4 pontos entre os principais vencimentos.

Com isso, o janeiro/19 ficou em US$ 8,99 e o maio/19, importante referencial para a nova safra brasileira, encerrou os negócios com US$ 9,23 por bushel.

A falta de novidades continua limitando o mercado internacional. Não foram divulgados mais detalhes sobre as negociações entre China e Estados Unidos realizadas em três dias no início desta semana, e o serviço do governo norte-americano que poderia dar mais informações sobre as exportações do EUA está paralisado junto do governo de Donald Trump.

Nesta sexta, o mercado ficou ainda sem as informações do boletim mensal de oferta e demanda de janeiro, que estava agendado para este 11 de janeiro, em função da paralisação do governo americano. E em um mercado esvaziado de informações consistentes, estas também fizeram falta e deixaram os negócios ainda mais sem direção e força para que os preços se comportem de forma mais agressiva.

Nesse ambiente, os traders optaram, como explicaram analistas e consultores de mercado, por recompras técnicas de parte de suas posições para seguirem seguros para o final de semana, à espera das notícias da próxima semana. As especulações, portanto, continuam.

Do mesmo modo, foco na safra do Brasil. As perdas são conhecidas pelo mercado internacional, mas não em sua totlaidade. Como explicou o consultor de mercado Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios, serão mais 10 ou 15 dias para que a safra nacional seja mais claramente definida e para que possa dar outro impacto sobre as cotações na CBOT, caso as perdas se agravem.

Mercado Nacional

Muita establidade ainda é vista entre os preços no mercado nacional. As variações são pontuais, bem como os novos negócios. A pressão maior, no entanto, vem do dólar. Mais baixa, a moeda americana limita um avanço da cotações no Brasil, ou até mesmo promove seu recuo.

No porto de Paranaguá, estabilidade no disponível com R$ 76,00 e para fevereiro com R$ 76,20, enquanto subiram em Rio Grande para R$ 76,30, com alta de 0,39%, e para R$ 75,80, com ganho de 0,40%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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