Soja

Soja opera com leves baixas e estabilidade em Chicago nesta 6ª após semana de notícias intensas

Por mais uma sessão, as cotações dão continuidade ao movimento de recuo iniciado na quarta-feira (15) e, por volta de 8h15 (horário de Brasília), perdiam entre 0,25 e 1,25 ponto nos principais contratos


Publicado em: 17/01/2020 às 10:10hs

Soja opera com leves baixas e estabilidade em Chicago nesta 6ª após semana de notícias intensas

Os preços da soja operam com leves baixas e bem próximo da estabilidade no pregão desta sexta-feira (17) na Bolsa de Chicago. Por mais uma sessão, as cotações dão continuidade ao movimento de recuo iniciado na quarta-feira (15) e, por volta de 8h15 (horário de Brasília), perdiam entre 0,25 e 1,25 ponto nos principais contratos.

Dessa forma, o contrato março tinha US$ 9,22 e o maio, US$ 9,36 por bushel. O julho voltava a operar abaixo dos US$ 9,50 e vinha cotado a US$ 9,49.

O mercado internacional permanece na defensiva ainda frente à cena incerta sobre a demanda por soja da China nos EUA, mesmo depois da divulgação da fase um do acordo comercial. O texto não trouxe detalhes de volumes de compra e o diante disso os traders evitam se reposicionar ainda de forma mais intensa.

"No caso específico da soja, sem saber quanto a China vai comprar de soja americana, o acordo Fase um acabou não impressionando os traders. Com a entrada da safra nova brasileira então, os americanos desconfiam em um "status quo" para soja dos EUA", diz o consultor da AgroCulte e da Cerealpar, Steve Cachia.

Veja como fechou o mercado nesta qiunta-feira:

Prêmios para a soja no Brasil continuam sustentados mesmo após acordo China x EUA

O mercado da soja terminou mais uma sessão em baixa na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (16). Os futuros da oleaginosa deram continuidade ao recuo iniciado no pregão anterior, quando não reagiram bem ao anúncio oficial da primeira fase do acordo entre China e Estados Unidos.

Assim, as cotações fecharam o dia com perdas de pouco mais de 4 pontos nos principais contratos, levando o março a US$ 9,24 e o maio a US$ 9,37 por bushel. E o mercado operou, durante todo o dia, em campo negativo.

Não só os números da soja recuaram nesta quinta, mas milho, trigo - também na Bolsa de Chicago - açúcar, café e algodão na Bolsa de Nova York também encerraram seus negócios no vermelho. As incertezas e dúvidas sobre os termos acordados entre chineses e americanos mantêm o mercado cautelo e ainda na defensiva.

Como explica o diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo, os traders precisam de novas, efetivas e robustas compras da China nos EUA para que o preço reagisse de alguma outra forma. E considerando que está mantida a taxa de 25% da nação asiática sobre a soja americana, sua competitividade permanece menor.

Além disso, está pré estabelecido no texto que a China irá fazer suas compras de acordo com as condições do mercado. Mais do que isso, não estão definidos ainda volumes necessários de compra ou algo que se refira a cotas de importação de soja.

MERCADO BRASILEIRO

Por hora, os preços da soja no mercado brasileiro seguem contando com alguma estabilidade. "Os prêmios aqui no Brasil não recuaram nenhum centavo, nem ontem e nem hoje. E podem até subir caso a China aumente os volumes de compra por aqui", diz Cogo.

Há relatos de que a nação asiática segue fazendo compras na América do Sul, especialmente no Brasil, dadas as melhores condições de preços por aqui. Dados levantados pela ARC Mercosul mostram que, para março, por exemplo, a tonelada da soja no porto de Paranaguá marca US$ 359,60 por tonelada, enquanto no Golfo dos EUA esse valor é de US$ 368,60.

Assim, a análise da consultoria é de que "a demanda chinesa pela soja brasileira não deverá ser ameaçada desde que os preços para exportação se mantenham competitivos".

Como mais um fiel da balança, há ainda o dólar na conta da formação dos preços da soja brasileira e esse ainda tem sido um fator que traz vantagem ao produtor brasileiro. Nesta quarta, a moeda americana voltou a subir e chegou a superar os R$ 4,20, renovando seu recorde.

A moeda americana terminou o dia na máxima de seis semanas e valendo R$ 4,1912. Os operadores, segundo informou a agência de notícias Reuters, " ainda à espera de sinais mais concretos de melhora da economia e de retorno de ingressos de recursos".

Fonte: Notícias Agrícolas

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