Soja

Soja opera com estabilidade em Chicago nesta manhã de 5ª feira e ainda busca ajustar o mercado

Os futuros da oleaginosa buscam ainda se ajustar depois de testarem suas mínimas em 10 anos e, por volta de 7h55 (horário de Brasília), recuavam entre 1,75 e 2,25 pontos


Publicado em: 20/09/2018 às 10:50hs

Soja opera com estabilidade em Chicago nesta manhã de 5ª feira e ainda busca ajustar o mercado

Nesta quinta-feira (20), o mercado da soja na Bolsa de Chicago trabalha bem próximo da estabilidade após altas de quase 2% no pregão anterior. Os futuros da oleaginosa buscam ainda se ajustar depois de testarem suas mínimas em 10 anos e, por volta de 7h55 (horário de Brasília), recuavam entre 1,75 e 2,25 pontos. O novembro/18 tinha US$ 8,28 por bushel.

O mercado da soja trabalha com informações já conhecidas, mas mesmo assim ainda sente a pressão que elas exercem. Entre os principais fatores estão ainda a guerra comercial - e as dificuldades de negociação entre EUA e China - e o avanço da colheita norte-americana, efetivando a entrada de uma nova oferta no mercado.

No paralelo, os traders começam ainda a acompanhar mais de perto a evolução do plantio na América do Sul, especialmente no Brasil. Até este momento, as condições de clima favorecem os trabalhos de campo na soja e, no Paraná, onde o vazio sanitário terminou no último dia 10 e segundo maior estado produtor do país, já há cerca de 9% da área plantada.

Na outra ponta, o mercado se atenta ainda à questão da demanda. Os baixos preços seguem atraindo os compradores aos EUA, porém, tal intensidade ainda é insuficiente para mudar uma tendência das cotações neste momento.

A AgResource Mercosul (ARC) informou que, nesta quarta-feira, a indústria da Argentina foi às compras pela soja norte-americana, enquanto a China segue buscando, por outro lado, a oferta argentina.

"Os preços baixos da soja disponível para embarque nos Estados Unidos atraem o interesse do esmagador argentino, que possui margens expressivas de lucro com a venda do farelo. O mercado deverá manter este movimento de compra e venda no radar especulativo, que poderá sustentar eventuais altas nas estimativas de exportação da oleaginosa dos Estados Unidos", diz o boletim da consultoria internacional.

Ainda nesta quinta, o mercado se atenta também aos novos números das vendas semanais para exportação que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz em um boletim. As expectativas para a soja em grão são de 400 mil a 900 mil toneladas; para o farelo de 50 mil a 350 mil e para o óleo de 0 a 30 mil toneladas.

Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:

Soja sobe quase 2% em Chicago e preços voltam a subir nos portos do Brasil nesta 4ª feira

Após bater em suas mínimas de 10 anos, os preços da soja voltaram a subir na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (19) para terminarem o dia com ganhos de quase 2% entre as posições mais negociadas. O novembro/18, que segue como o principal contrato nesse momento, encerrou o dia com US$ 8,30 por bushel. Referência para a safra brasileira, o março/19 ficou em US$ 8,57.

As cotações foram, ao longo do pregão, intensificando suas altas, em um movimento técnico de correção de ajuste de patamares após as últimas e consecutivas baixas.

Como explica o diretor da Cerealpar e consultor do Kordin Grain Terminal, os ganhos refletiram essa percepção do mercado de que as baixas foram 'exageradas' nas últimas sessões, mesmo diante de uma combinação da já conhecida guerra comercial entre China e Estados Unidos com a entrada da nova safra norte-americana diante do avanço da colheita no Corn Belt.

Dessa forma, ainda segundo Cachia, não é possível afirmar que o mercado saiu de sua tendência de baixa e reverteu seu movimento de forma definitiva. A pressão da disputa tarifária - que ainda causa incerteza sobre a relação oferta x demanda nos EUA - e a entrada efetiva da safra 2018/19 no mercado, com mais de 6% da área americana já colhida no país.

Além da movimentação técnica, segundo explicaram analistas internacionais, os futuros da commodity foram também estimulados pela forte alta do trigo na sessão desta quarta em Chicago. As cotações do cereal subiram entre 8,50 e 12 pontos nos principais contratos.

Mercado Brasileiro

Os preços da soja no mercado brasileiro acompanharam o mercado internacional e voltaram a subir, corrigindo as breves baixas registradas nesta terça-feira. Assim, o disponível em Paranaguá voltou aos R$ 98,00 por saca, subindo 0,31%, enquanto teve alta de 0,75% em Rio Grande, para R$ 93,70, e de 0,74% no outubro, que ficou com R$ 95,00.

Para a safra nova, a referência março/19 fechou os negócios com R$ 87,00 e registrando ganho de 1,16%.

No interior, os preços da soja também subiram de forma bastante expressiva e os ganhos chegaram a bater no 6,49%, que foi o caso de São Gabriel do Oeste/MS, onde o indicativo foi a R$ 82,00 por saca. E na maior parte das principais praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, as cotações têm transitado acima dos R$ 80,00 por saca, acompanhando sua realidade local de oferta e demanda.

Com estoques escassos da safra velha, os preços têm se mantidos firmes e subindo, uma vez que são motivados ainda pelos prêmios fortes - acima dos US$ 2,00 sobre Chicago para as posições de entrega mais próximas - e pelo dólar, ainda acima dos R$ 4,00, mesmo com a leve baixa desta quarta.

Fonte: Notícias Agrícolas

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