Publicado em: 20/11/2019 às 11:10hs
O mercado da soja trabalha com leves altas nesta quarta-feira (20) na Bolsa de Chicago. Por volta de 7h50 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 3,25 e 3,75 pontos nas posições mais negociados. Assim, o contrato janeiro tinha US$ 9,14 e o maio/20, US$ 9,40 por bushel.
O andamento dos futuros da oleaginosa segue limitado ainda pela falta de notícias, principalmente ligadas à disputa entre China e Estados Unidos.
"O processo de impeachment de Trump, ameaças de tarifas à China (sem a assinatura do acordo entre os dois países) e sinais de que um acordo comercial EUA/China ainda não está selado deixam o mercado limitado na tentativa de reação em Chicago", explica o consultor da Cerealpar e AgroCulte, Steve Cachia.
Por outro lado, ainda segundo o executivo, o mercado sente algum alívio do lado da fase final da colheita norte-americana. "De positivo é que a pressão sazonal da colheita nos EUA já cedeu e o mercado já antecipa nova queda nas estimativas de produção da safra 2019 dos EUA devido a problemas climáticos na reta final da temporada", diz.
Se o quadro é este no mercado internacional, no Brasil o mercado segue firme com o dólar ainda em patamares elevados. A moeda americana próxima dos R$ 4,20 motiva muitos e bons negócios para os produtores brasileiros, que têm aproveitado as oportunidades e concluindo bem a comercialização da safra velha e evoluindo bem a da safra nova.
"No Brasil, o dólar que já está em níveis recordes é o principal fator de suporte aos preços em reais no mercado interno, ameaça fugir do controle e a expectativa é de que a qualquer momento o Banco Central terá que intervir com certa agressividade", completa Cachia.
**É importante lembrar que em função do feriado do Dia da Consciência Negra comemorado nesta quarta, 20 de novembro, em São Paulo os negócios estão parados com o dólar e também na Bovespa.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja tem 3ª feira de bons negócios no mercado brasileiro com dólar elevado e demanda forte
China ainda precisa se abastecer para concluir 2019 e começar 2020 e se mantém focada no produto brasileiro. Produtor aproveita as boas oportunidades com a efetivação de novos negócios. No milho, oportunidades também são boas.
Nesta terça-feira (19), o mercado da soja testou bons ganhos ao longo do dia, mas encerrou em estabilidade, com ganhos entre 1 e 2 pontos na Bolsa de Chicago. Já o dólar bateu os R$ 4,20, uma valorização que favoreceu o produtor brasileiro, que continua atuando forte nas negociações tanto da safra velha quanto da safra nova. Para o produto da safra velha, as cotações continuam indicando preços acima dos R$ 91,00 por saca, próximos das máximas do ano, enquanto a safra nova vê indicativos entre R$ 87,00 e R$ 90,00, dependendo das posições de entrega.
"As médias de preços são 10% maiores do que no mesmo momento do ano passado", diz Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting.
Grande parte dessas vendas continua sendo para a China, que se aproveita da soja brasileira mais competitiva e com valor de proteína melhor que a dos Estados Unidos. De acordo com Brandalizze, o total das exportações brasileiras está chegando a 75 milhões de toneladas, com possibilidade de ultrapassar 77 mi de t se as negociações continuarem firmes. Na opinião do analista, o país asiático teria capacidade de comprar um volume ainda maior de soja brasileira se houvesse oferta o suficiente.
Fonte: Notícias Agrícolas
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