Soja

Soja marca novo dia de estabilidade nesta 4ª em Chicago à espera de notícias fortes

Por volta de 7h55 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 0,75 e 1,50 ponto nos principais contratos, com o novembro valendo US$ 9,33 e o maio/20, US$ 9,66 por bushel


Publicado em: 16/10/2019 às 10:27hs

Soja marca novo dia de estabilidade nesta 4ª em Chicago à espera de notícias fortes

Nesta quarta-feira (16), o mercado da soja marca mais um dia de estabilidade entre os futuros negociados na Bolsa de Chicago. Por volta de 7h55 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 0,75 e 1,50 ponto nos principais contratos, com o novembro valendo US$ 9,33 e o maio/20, US$ 9,66 por bushel.

A falta de informações novas e concretas sobre as relações entre China e Estados Unidos mantém o mercado inerte, com os traders ainda na espera por um caminho para voltarem a se posicionar com um pouco mais de agressividade.

"Temores de que a trégua pode voltar a se transformar em guerra comercial entre EUA e China e a pressão sazonal da entrada da safra nova americana exercem pressão a impedem uma melhor reação nos preços em Chicago", explica Steve Cachia, consultor da AgroCulte e da Cerealpar.

Ontem, os números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mostraram que até o último domingo (13), a colheita da soja foi concluída em 26% da área, contra 14% da semana anterior, enquanto o mercado esperava um número de 26%. Em 2018, nesse mesmo período, a área já estava 37% colhida e a média dos últimos cinco anos é de 49%.

No entanto, ainda segundo Cachia, "aparentemente, a ameaça de clima prejudicial ao ritmo de colheita e talvez até da produtividade nos EUA e exportações americanas não impressionam".

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Soja: Com oferta ajustada, demanda firme e dólar alto, preços sobem até 4% no interior do BR

Os preços da soja subiram até 4% nesta terça-feira (15) no mercado brasileiro. Boa parte das praças de comercialização do interior do país registraram ganhos consideráveis, ainda mantendo referências entre R$ 75,00 e até R$ 86,00 por saca, garatindo boas margens aos produtores.

A oferta ajustada neste momento, aliada a exportações ainda importantes e mais uma demanda interna também fortalecida criam um ambiente favorável para as cotações, ao lado de uma nova alta do dólar nesta terça.

A moeda norte-americana fechou o dia registrando sua máxima em três semanas, com alta de 0,89% e valendo R$ 4,16. "A divisa doméstica amargou o pior desempenho nos mercados globais de moedas, em meio a incertezas locais e à menor atratividade do real como moeda de rendimento", informou a agência de notícias Reuters.

Nos portos, os ganhos já foram um pouco mais tímidos. Em Rio Grande, a soja disponível subiu 0,56% para R$ 89,50, enquanto em Paranaguá, o ganho foi o mesmo para R$ 89,00. Para a referência março/20, baixa de 0,57% para R$ 87,00 no terminal paranaense e estabilidade no gaúcho em R$ 87,50.

Segundo explicam analistas e consultores de mercado, os produtores brasileiros seguem aproveitando bem as oportunidades que vêm sendo oferecidas. De acordo com o consultor da Terra Agronegócios, Ênio Fernandes, o Brasil já comercializou cerca de 30% de sua safra 2019/20 de soja.

MERCADO INTERNACIONAL

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam o dia em queda e perdendo pouco mais de 6 pontos entre seus principais contratos. O vencimento novembro/19 foi a US$ 9,34 e o maio/20, referência para a safra brasileira, a US$ 9,67 por bushel.

O mercado foi pressionado pela falta de novidades entre o acordo China x EUA, segundo disseram os diretores da ARC Mercosul. "As tais adições de pacotes de compras e incentivos ainda não passaram de promessas. A especulação já está calejada com toda essa novela comercial entre Trump e Jinping".

O agronegócio segue no centro das discussões, embora não entre as disputas mais duras, e segundo informações da agência internacional Bloomberg, o governo chinês quer uma revisão nas tarifas americanas sobre seus produtos antes de concordar - e efetivar - mais compras de produtos agrícolas dos EUA daqui em diante.

Além disso, como explicou o analista de mercado Mário Mariano, da Novo Rumo Corretora, previsões de condições mais favoráveis para a colheita nos EUA nos próximos dias ajudou a pesar sobre os preços, bem como os números fracos da NOPA (Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas dos EUA).

Foram esmagadas 4,16 milhões de toneladas de soja em setembro, e o total ficou abaixo da expectativa do mercado, de 4,41 milhões de toneladas e é bem menor do que o volume processado em agosto, de 4,57 milhões de toneladas. Em setembro do ano passado, o total foi de 4,38 milhões.

Fonte: Notícias Agrícolas

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