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Soja: Com previsão de melhora do clima nos EUA, mercado em Chicago ainda opera estável nesta 4ª

Perto de 7h05 (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa perdiam pouco mais de 0,50 ponto entre os contratos mais negociados, mas as posições mais distantes - março e maio/18 - ainda se mantinham acima dos US$ 9,00 por bushel. O novembro/18 tinha US$ 8,84


Publicado em: 17/10/2018 às 10:50hs

Soja: Com previsão de melhora do clima nos EUA, mercado em Chicago ainda opera estável nesta 4ª
Foto: Copacol

Nesta quarta-feira (17), o mercado da soja na Bolsa de Chicago trabalha, mais uma vez, com estabilidade. Perto de 7h05 (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa perdiam pouco mais de 0,50 ponto entre os contratos mais negociados, mas as posições mais distantes - março e maio/18 - ainda se mantinham acima dos US$ 9,00 por bushel. O novembro/18 tinha US$ 8,84.

"O mercado de grãos espera pelo novo catalisador para os preços. Com a colheita em andamento nos EUA, sem grandes relatórios do USDA a serem divulgados na próxima semana e sem novidades no cenário da guerra comercial, o que vai promover o próximo grande movimento?", questionam os analistas de mercado da consultoria internacional Allendale, Inc.

Depois de alguns percalços por conta do clima, os trabalhos de colheita vão retomando seu ritmo no Meio-Oeste americano. Além disso, as previsões para os próximos dias já mostram condições mais favoráveis para as atividades de campo e ajudam a tirar o estímulo que vinha sendo sentido deste fator pelos preços.

Na demanda, as notícias são favoráveis, porém, já são conhecidas pelos traders. Eles precisam agora de novos e melhores negócios, especialmente com a China, para apostarem em novas altas na CBOT.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

Soja tem dia negativo em Chicago e portos do Brasil perdem mais de 1% nesta 3ª feira; negócios lentos

Os preços da soja na Bolsa de Chicago trabalharam durante todo o dia em campo negativo para terminar o pregão desta terça-feira (16) com baixas de pouco mais de 6 pontos entre os principais vencimentos.

"O mercado subiu tudo o que tinha que subir nesta segunda-feira (15) e depois veio corrigindo", explicou o consultor da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, referindo-se às altas de mais de 2% do pregão anterior.

Apesar de alguns problemas pontuais com o clima no Corn Belt que atrasam o ritmo da colheita nos EUA, as previsões paras os próximos dias já se mostram um pouco mais favoráveis e acabam por limitar o movimento de recuperação dos preços.

Até o último domingo (14), a área colhida de soja no país passou de 32% para 38%. O índice ficou bem abaixo da média dos últimos cinco anos de 53% e do registrado no mesmo período do ano passado de 47%.

Sobre a demanda, as informações ainda circulam, porém, com menos peso. Nesta terça, as especulações sobre dois navios carregados com soja dos Estados Unidos se encaminhando para a China se confirmaram. A informação confirma que a nação asiática está, de fato, recorrendo ao produto norte-americano para dar conta de suas necessidades. Na América do Sul, afinal, os estoques estão quase zerados.

O peso de informações como esta para o mercado, porém, ainda é limitado, ainda como explica Brandalizze. Esses embarques, afinal, referem-se a volumes de soja já contratados pela China nos EUA e o que mercado precisa agora é de notícias novas que mostrem novos negócios."Há muito volume comprado ainda que eles podem cancelar ou exercer e pelo jeito, eles terão que exercer".

Mercado Brasileiro

O dólar voltou a cair nesta terça-feira e fechou com baixa de 0,37%, valendo R$ 3,7023. Na mínima do dia, a moeda marcou R$ 3,6922 e chegou a cair mais de 1%. A cena externa e o otimismo do mercado financeiro com a eleição de Jair Bolsonaro pesaram sobre a divisa.

O encontro das baixa de Chicago e do câmbio provocaram perdas também nas referências dos portos brasileiros nesta terça. No interior, os preços permaneceram estáveis na maior parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas.

Em Paranaguá, a soja disponível caiu 1,09% para R$ 91,00 por saca, enquanto a safra nova foi a R$ 83,00, com queda de 1,19%. Em Rio Grande, o produto disponível ficou em R$ 92,00, com baixa de 0,86%, e a referência novembro foi a R$ 94,00, perdendo 0,53%.

Os negócios para a soja disponível ainda restante acontecem, porém, em volumes bem menores do que os observados há algumas semanas, quando o dólar estava mais alto. "Alguns negócios pontuais saíram nos R$ 93,00 por saca porque os produtores precisam fazer caixa neste momento e o produtor está liquidando, realizando lucro com medo de uma queda maior do dólar", diz Vlamir Brandalizze.

Já para a safra nova, o consultor é enfático. "Não há quase nenhum negócio sendo feito".

Fonte: Notícias Agrícolas

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