Crédito Rural

Setor Cafeeiro teve redução de juros de até 1,75 ponto percentual

Mutuário tem opção de contratar empréstimo com taxa pós-fixada


Publicado em: 08/06/2018 às 18:00hs

Setor Cafeeiro teve redução de juros de até 1,75 ponto percentual

O setor cafeeiro foi beneficiado no Plano Agrícola e Pecuário (PAP 2018/2019) com a redução de 1,5 ponto percentual nas operações de custeio, de estocagem e de FAC (Aquisição de Café para Cooperativas) com taxa de juros de até 7% ao ano. A redução chega a 1,75 ponto percentual nos financiamentos para capital de giro para as indústrias de torrefação, solúvel, cooperativas e, aquisição de café, cuja taxa ficou em até 9,5% ao ano.

O plano foi divulgado nesta quarta-feira (6) pelo presidente Michel Temer e pelo ministro Blairo Maggi, em evento no palácio do Planalto.

Uma novidade é a possibilidade do mutuário optar por taxa de juros pós-fixada para operações com prazo acima de 12 meses. O cálculo toma como base, nesse caso, a variação do IPCA do período de contratação até do vencimento, acrescido do fator de até 1,28% para custeio, estocagem, e FAC cooperativas. Para capital de giro, o fator é de até 3,67%.

Além disso, a partir dessa safra, o Funcafé será remunerado em 4%, sendo que a remuneração bancária será a diferença entre essa remuneração do fundo e a taxa de juros do empréstimo. O objetivo é ampliar a flexibilidade do agente financeiro na negociação com o mutuário.

Outra novidade foi a ampliação nos prazos de contratação das linhas de crédito do fundo, que ficarão abertos de 1º de julho de 2018 a 30 de junho de 2019.

Os valores consignados, por linha de financiamento, para essa safra são: custeio – R$ 1,1 bilhão; estocagem, R$1,862 bilhão; FAC, R$1,063 bilhão; capital de Giro para Indústria de Solúvel, R$ 200 milhões; torrefação, R$ 300 milhões e; cooperativas de produção, R$ 425,2 milhões.

“Essas medidas visam reforçar a atuação do MAPA no apoio à cafeicultura nacional, setor relevantes no agronegócio, não só pelo aspecto social como econômico, contribuindo fortemente na balança comercial brasileira e no abastecimento interno”, esclarece o secretário de Política Agrícola do ministério, Wilson Vaz de Araujo.