Assuntos Jurídicos

Segunda Turma do STF rejeita liberdade provisória de Lula

Por 3 votos a 2, os ministros rejeitaram uma proposta do ministro Gilmar Mendes para conceder liberdade a Lula até futuro julgamento do mérito desse caso


Publicado em: 26/06/2019 às 12:00hs

Segunda Turma do STF rejeita liberdade provisória de Lula

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta terça-feira a liberdade provisória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o julgamento pelo colegiado sobre se houve atuação parcial do ex-juiz da operação Lava Jato e ministro da Justiça, Sergio Moro, no processo do tríplex do Guarujá (SP) pelo qual o petista cumpre pena desde o ano passado.

Por 3 votos a 2, os ministros rejeitaram uma proposta do ministro Gilmar Mendes para conceder liberdade a Lula até futuro julgamento do mérito desse caso. Na prática, eles não analisaram todos os detalhes apresentados pela defesa do ex-presidente para anular o processo do tríplex.

Recentemente, a defesa de Lula apresentou pedido em que insistia na anulação do processo do tríplex após terem vindo à tona recentemente reportagens do site The Intercept Brasil que cita supostas conversas de Moro, ex-juiz da Lava Jato, e o chefe da força-tarefa da operação no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol.

Nos supostos diálogos, teria havido direcionamento de Moro a ações do MPF no caso de Lula. Moro e o procurador negam irregularidades e afirmam que não podem atestar a autenticidade das alegadas mensagens.

Pouco antes, a Turma havia rejeitado outro pedido da defesa do petista para absolver Lula. Os advogados questionavam decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Felix Fischer que tinha rejeitado um pedido para livrar o ex-presidente no processo do triplex.

A análise dos dois recursos foi uma reviravolta porque até a véspera um dos recursos da defesa --o referente a Morohavia sido retirado de pauta.

No início da sessão da Turma, o advogado Cristiano Zanin, da defesa de Lula, fez um pedido para que o colegiado analisasse os casos envolvendo o ex-presidente sob a alegação de que ele está preso. O colegiado aceitou e passou a discutir o tema.

Fonte: Reuters

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