Mercado Florestal

Secagem de madeiras pode agregar valor ao produto, aponta Sindusmad

Empresários e colaboradores do setor de base florestal de Mato Grosso e do Pará, participaram de um treinamento na sede do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad)


Publicado em: 08/10/2018 às 12:20hs

Secagem de madeiras pode agregar valor ao produto, aponta Sindusmad

Empresários e colaboradores do setor de base florestal de Mato Grosso e do Pará, participaram de um treinamento na sede do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), em Sinop, sobre o processo de secagem de madeira para mercado interno e exportação.

O professor Carlos Fleck, que é consultor de empresas do segmento na área de secagem, ministrou o treinamento e destacou que a tecnologia é a tendência, tanto para venda dentro do país, quanto para exportação. Segundo ele, o processo natural de secagem não tem se mostrado eficaz e grande parte das indústrias ainda o utiliza, sem equipamentos específicos ou técnicas condizentes para os resultados necessários.

“Madeira não seca não é matéria-prima. Com umidade ela se modifica dimensionalmente. Como é um ser hidroscópico – entrega água e recebe água – se não passa por processo eficaz de secagem, modifica-se, causando problemas como móveis com portas que não abrem ou gavetas que não fecham, por exemplo”, explicou Fleck.

O professor ressaltou ainda que o conhecimento aliado à tecnologia tem a capacidade de abrir possibilidades do mercado brasileiro à exportação de madeira nativa a países altamente exigentes como Alemanha, Inglaterra, Áustria e Estados Unidos. “São mercados que pagam o preço justo por este produto. Quando há incorporação tecnológica há agregação de valor também e são poucas as empresas brasileiras dispostas a pagar por este preço, porém, as estrangeiras compram e pagam, mas exigem qualidade. Temos que ser excelentes para atender ao mercado externo, bem como ao interno”.

Para o presidente do Sindusmad, Sigfrid Kirsch, o que diferencia a qualidade do produto é, além de tecnologias inovadoras, o emprego do conhecimento adequado no processo, seja ele mecânico ou natural. “Objetivo do Sindusmad ao trazer este treinamento foi o de qualificar ao setor de base florestal, para que assim o empresário possa agregar mais valor ao seu produto com a qualidade exigida pelo mercado”, enfatizou o presidente, por meio da assessoria.

A empresária e diretora do Sindusmad, Gabriela Paludo, que participou do treinamento destacou que foi possível conhecer as tecnologias que estão sendo utilizadas em outros países. “Percebemos durante o curso que é totalmente possível aplica-las à realidade das empresas brasileiras”.

O evento foi realizado de segunda a sexta-feira da semana passada em parceira com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeiras no Estado de Mato Grosso. O Cipem, em conjutos com os sindicatos patronais também promoveu o mesmo treinamento nas cidades de Alta Floresta, Juína, e Aripuanã.

Fonte: Só Notícias

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