Análise de Mercado

Safra de 2018 já cresceu em 7 milhões de toneladas desde a 1ª previsão

Segundo levantamento do IBGE, a estimativa atual é de que a safra deste ano seja de 227,2 milhões de toneladas


Publicado em: 13/03/2018 às 15:00hs

Safra de 2018 já cresceu em 7 milhões de toneladas desde a 1ª previsão

A previsão para a safra agrícola deste ano já aumentou consideravelmente desde as primeiras estimativas, feitas ainda em 2017, na época do plantio. Apesar da melhora, ainda será difícil alcançar o nível recorde de 2017, na avaliação do analista Carlos Alfredo Guedes, da Coordenação de Agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A safra de 2018 já aumentou em 7 milhões de toneladas desde o primeiro prognóstico, que foi em outubro. No primeiro prognóstico, as culturas ainda estavam sendo plantadas. Teve avanço de área (plantada) da soja e melhoria da produtividade tanto da soja quanto do milho", justificou Guedes.

As previsões mais otimistas são puxadas por uma melhora nas condições climáticas ao longo dos últimos meses. "Choveu bastante em diversas regiões, beneficiou a cultura", apontou Guedes.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro estima uma safra agrícola de 227,2 milhões de toneladas este ano, 13,4 milhões de toneladas a menos do que o volume recorde de 240,6 milhões de toneladas colhido no ano passado. No primeiro prognóstico divulgado em outubro de 2017, a previsão para este ano era de uma produção de 220,188 milhões de toneladas de grãos.

Apesar da queda esperada na produção, a área a ser colhida este ano está 0,3% maior do que a de 2017. O excesso de chuvas atrasou o plantio da soja, e agora atrasa também a colheita do grão, o que pode afetar as previsões para a segunda safra de milho, explicou o pesquisador.

"Como está chovendo bastante, estão tentando colher a soja o mais rápido possível para aproveitar essa janela de plantio do milho. O produtor tem de plantar o milho o mais cedo possível, entre fevereiro e março, para a planta se desenvolver bem. Mas eles estão com dificuldade de colher a soja, então, o milho de segunda safra pode sofrer revisões. As máquinas muitas vezes ficam paradas no campo e não podem colher a soja. E essa soja colhida também tem um grau de umidade bem alto, pode precisar passar por processo de secagem, aumenta mais o custo para o produtor", justificou Guedes. "Além disso, o preço do milho não está tão alto quanto no início de 2017. Em 2017, o preço estava alto e os produtores apostaram mais", lembrou.

Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

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