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RELAÇÕES EXTERNAS: Brasil defende celeridade para acordo UE Mercosul

O Brasil defendeu nesta terça-feira (18/02) “celeridade” na implementação do acordo entre a União Europeia (UE) e Mercosul, uma vez feita a revisão legal dos textos e os procedimentos de aprovação nos dois blocos


Publicado em: 20/02/2020 às 11:40hs

RELAÇÕES EXTERNAS: Brasil defende celeridade para acordo UE Mercosul

Estimativas - Durante o exame da política comercial da UE, na Organização Mundial do Comércio (OMC), a delegação brasileira mencionou estimativas do Ministério da Economia brasileiro sobre o potencial de ganhos com o acordo birregional.

Cálculo - O cálculo é de que o tratado pode elevar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se for considerada a redução de barreiras não tarifárias e a melhora na produtividade.

Discussões fortes - Na Europa comunitária, as discussões serão fortes sobre a aprovação do acordo com o Mercosul, principalmente por parte de países agrícolas mais protecionistas como França e Irlanda. No Parlamento Europeu, o Partido Verde também promete complicar a aprovação do tratado.

Parceria comercial - A UE é o segundo maior parceiro comercial do Brasil depois da China. Mas o comércio bilateral caiu para US$ 69 bilhões em 2019 comparado ao recorde de US$ 100 bilhões em 2011, numa baixa de 31% no período. A expectativa brasileira é que a recuperação econômica do país impulsionará mais negócios, incluindo em áreas como compras governamentais e comércio de serviços.

Maior investidor estrangeiro - A UE é o maior investidor estrangeiro no Brasil, com estoque de € 330 bilhões (em valores de 2015), o que representa quase metade do capital aplicado no país. O Brasil, por sua vez, tinha quase € 130 bilhões de investimentos diretos no mercado comum europeu.

Política agrícola - Como sempre acontece no exame da política comercial europeia, o bloco foi bastante questionado sobre sua política agrícola. O Brasil reclamou da tarifa de importação média de 14,2% sobre os produtos agrícolas, mais de três vezes a média tarifária total, de 4,2%. A delegação brasileira qualificou também como “desafiador” ter uma clara visão da complexa política de subsídios europeus para o setor agrícola.

Barreiras - Outra questão foi sobre barreiras não tarifárias e medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS), que o Brasil considera como sendo mais restritivas ao comércio do que o necessário, ignorando padrões internacionais e científicos.

Preocupação - O Brasil também manifestou preocupação sobre a repartição de cotas no mercado comum europeu depois do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia).

Fonte: Portal Paraná Cooperativo

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