Milho e Sorgo

Quarta-feira começa com incertezas e leves altas para o milho em Chicago

As principais cotações registravam ganhos entre 3,00 e 3,75 pontos por volta das 08h50 (horário de Brasília)


Publicado em: 24/07/2019 às 11:10hs

Quarta-feira começa com incertezas e leves altas para o milho em Chicago

A quarta-feira (24) começa da mesma maneira com que a terça-feira terminou, com leves altas para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam ganhos entre 3,00 e 3,75 pontos por volta das 08h50 (horário de Brasília). O vencimento setembro/19 tinha alta de 3,50 pontos valendo US$ 4,29, o dezembro/19 valia US$ 4,35 com elevação de 3,75 pontos e o março/19 era cotado à US$ 4,44 com 3,50 pontos de valorização.

Segundo análise de Tony Dreibus da Successful Farming, o milho foi mais altos no comércio da madrugada após a sessão mista de ontem, em meio à queda nas condições das safras e à incerteza sobre as lavouras após os últimos dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

“A cultura do milho em geral permanece muito atrasada e a genética do milho significa que a cultura não pode fazer muito para recuperar o atraso. O Centro-Oeste e grande parte das Grandes Planícies desfrutam de temperaturas abaixo do normal, embora se tornem bastante secas quando a frente fria se mover. As temperaturas frias não promovem um crescimento rápido, mas haverá crescimento e a condição deve permanecer geralmente boa”, aponta Jack Scoville, analista do Blog Price Group.

Scoville aponta ainda que, o milho é um mercado que precisa de alguma demanda e os relatórios semanais de vendas de exportação não são fortes. Compradores no exterior podem obter milho mais barato na Argentina.

“O que vai acontecer com os preços do milho este ano dependerá em grande parte de como a safra americana se desenvolve. O plantio foi tardio, por isso mesmo as datas normais de frio e geadas podem causar grandes perdas de produção. Uma boa colheita é possível, mas o produtor precisará de geadas tardias para levar a colheita para casa e para o mercado”, afirma o analista.

Confira como fechou o mercado na última segunda-feira:

Milho: Cotações fecham terça-feira com alta em Chicago após oscilações durante o dia

Após muitas movimentações ao longo do dia, os preços internacionais do milho futuro encerraram a terça-feira (23) com valorizações na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram altas entre 3,25 e 4,75 pontos.

O vencimento setembro/19 teve alta de 3,25 pontos valendo US$ 4,25, o dezembro/19 valeu US$ 4,31 com elevação de 4,75 pontos e o março/20 foi cotado à US$ 4,40 com 4,75 pontos de valorização.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 0,71% para o setembro/19, 1,17% no dezembro/19 e 1,15% para o março/20.

Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho subiram moderadamente na terça-feira em algumas compras técnicas, já que traders estão cautelosamente otimistas em relação a uma nova rodada de negociações face-a-face entre os Estados Unidos e a China na próxima semana.

“Esta manhã, o Secretário do USDA Sonny Perdue anunciou que os agricultores qualificados receberão pelo menos US$ 15 por acre como parte de um pacote de ajuda para mitigar as perdas da guerra comercial entre EUA e China. Perdue disse que mais detalhes serão divulgados no final desta semana”, aponta Potter.

O clima nos Estados Unidos centrais parece ter se normalizado e deve continuar relativamente suave esta semana, com máximas diurnas abaixo do normal na maior parte da região. Será difícil de encontrar chuva no Meio-Oeste e nas Planícies nos próximos três dias, de acordo com o mais recente mapa cumulativo de precipitação de 72 horas da NOAA.

“O clima é visto como não ameaçador e as condições das colheitas estão começando a melhorar”, diz Al Kluis da Kluis Advisors.

De acordo com informações da Agência Reuters, o mercado deve seguir sem grandes novidades até o dia 12 de agosto, quando o USDA irá divulgar um novo relatório de oferta e demanda, que irá incluir uma atualização sobre a área cultivada em 13 estados.

“Os mercados estão esperando até lá”, disse Matt Connelly, da Hightower Report.

Mercado Interno

Já no mercado físico brasileiro, a semana começa com as cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única praça que apresentou valorização foi o Oeste da Bahia (0,81% e preço de R$ 31,25).

As desvalorizações foram percebidas em Jataí/GO e Rio Verde/GO (1,79% e preço de R$ 27,50), Cascavel/PR (1,79% e preço de R$ 27,50) e Dourados/MS (3,33% e preço de R$ 29,00).

Para a XP Investimentos, o mercado físico de milho está sob suave baixa. “Ontem, o USDA quebrou a série de 2 semanas de melhora nas lavouras norte-americanas, indicando piora de 1 ponto percentual na semana nas condições. A revisão, porém, foi insuficiente para causar reajustes positivos nos preços externos”.

Os analistas apontam ainda que “de olho lá fora, o fluxo no Brasil segue baixo (apenas entregas das negociações do início da safrinha). O avanço da colheita brasileira, todavia, segue a pleno vapor”.