Fruticultura e Horticultura

Produtor paulista atende à demanda por limão, fruta conhecida pelo alto teor em vitamina C

A importância econômica do limão na região é muito grande, tanto no atendimento ao mercado interno, com venda para grandes centros de abastecimento do próprio Estado de São Paulo, como também do Rio de Janeiro, de Mato Grosso, do Rio Grande do Sul e outros


Publicado em: 30/03/2020 às 15:00hs

Produtor paulista atende à demanda por limão, fruta conhecida pelo alto teor em vitamina C

Seja em função do coronavírus responsável pela Covid-19 ou simplesmente época do outono quando ocorrem as gripes em geral, o fato é que a pandemia que atinge o Estado de São Paulo e o Brasil também apresentou reflexos no consumo do limão, fruta conhecida pelo seu alto valor em vitamina C.

A maior região produtora de lima ácida Tahiti, ou simplesmente limão, no Estado de São Paulo abrange os municípios de Itajobi, Urupês, Pindorama, Santa Adélia, Novo Horizonte, entre outros, todos eles da área de atuação da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional Catanduva, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A importância econômica do limão na região é muito grande, tanto no atendimento ao mercado interno, com venda para grandes centros de abastecimento do próprio Estado de São Paulo, como também do Rio de Janeiro, de Mato Grosso, do Rio Grande do Sul e outros. “Há cerca de dois anos houve um incremento de 30% no plantio de limão que é o carro-chefe e a segunda cultura de importância econômica na região, a primeira continua sendo a cana, mas na fruticultura o limão acabou tomando área de outras frutas como a manga e a laranja que também eram expressivas”, conta o diretor da CDRS Regional Catanduva, Cláudio Giusti de Souza.

Foi nessa esteira de aumento da produção que a Cooperativa de Produtores de Limão de Urupês, a Cooperlimão, passou a atender também ao mercado de exportação, principalmente mercado europeu com cerca de 10% da produção que na época de safra chega a 130 toneladas/dia. “Nessa época do ano a produção fica na faixa entre 70 a 80 toneladas/dia”, explica o gerente comercial da Cooperlimão, Jefferson Tonon. “Até a semana passada não tivemos problemas, o packing house continuou atendendo e houve um aumento de 100% no valor pago pelo quilo do limão ao produtor, de R$ 0,50 para R$ 1,00, um preço que nesse período não costuma mesmo ser alto, por ter início a saída de safra, mas ao invés de cair, acabou estabilizando na última semana”.

Mas a preocupação dos 36 cooperados da Cooperlimão está em saber se os clientes, as grandes distribuidoras que normalmente vão até Urupês carregar os caminhões, continuarão a poder circular entre os Estados e a abastecer os mercados. “Ainda temos bastante limão nos pés, a colheita desse ano foi alta e vendemos muito, na última semana os clientes dobraram os pedidos, o que não é normal nesse período, então os produtores estão de certa forma animados, apesar da situação, os preços estão estáveis, mas o mercado de exportação está parado, nossa projeção era aumentar esse mercado, mas vamos aguardar os próximos acontecimentos”, frisa Jefferson com cautela.

E cautela tem sido o mote da Cooperlimão com seus funcionários e cooperados, todos receberam um treinamento extra. “Nós já seguimos todas as normas exigidas para o bom funcionamento de um packing house, sempre é feita a higienização das caixas plásticas, mas aumentamos o uso de sabonete antisséptico, incluímos o álcool gel e o uso de máscaras que tem sido obrigatório ao receber os coletores e fazer o carregamento dos caminhões.

O que Jefferson tem certeza é que a crise vai passar e que os planos futuros vão voltar a fazer parte das projeções de crescimento da Cooperlimão, principalmente no quesito exportação, atividade que estão ainda no início. “O mercado europeu uma de nossas metas também está sofrendo as consequências do coronavírus. E por aqui, vamos tentar combater com um pouco mais de limão e vitamina C em nossa dieta!”, diz Jefferson Tonon.

Valor nutritivo

A vitamina C é o principal nutriente encontrado nas frutas cítricas como laranjas, tangerinas e limões. Como trata-se de uma vitamina que se perde com facilidade, o ideal é utilizar as frutas cítricas cruas e frescas, pois quanto mais frescas, maior quantidade de vitaminas e minerais elas possuem, sendo, portanto mais saudáveis. Para suprir as necessidades diárias mínimas dessa vitamina (60mg/dia), é necessário ingerir cerca de duas frutas cítricas de tamanho médio por dia, aproximadamente 200g. Fácil com as laranjas, porém mais difícil em relação aos limões. Por isso, recomenda-se seu uso de diversas formas, no tempero de saladas, nos sucos, água saborizada, as cascas depois de lavadas, podem ser raladas e colocadas em receitas de bolo, pudim, mousse, tortas, conferindo sabor e aroma agradáveis.

O limão, em cada 100 gramas, possui 29 calorias, 0,60g de proteína, 0,60g de gordura, 8,10g de carboidrato, 0,60g em fibras, 41g em cálcio, 15mg em fósforo, 0,70mg de ferro, 2mg de vitramina A, 0,18mg em vitaminas do complexo B (1, 2 e 5) e 51mg em vitamina C. Entre as laranjas, a Baía é a campeã, a seguir é o limão o vencedor na categoria vitamina C, com 51mg em 100 gramas.

Fonte: Secretaria de Agricultura de SP

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