Soja

Plantio da soja em Goiás segue acelerado em relação ao ano passado

Com a chegada antecipada das chuvas, a previsão climática favorável ao andamento da safra de soja em Goiás


Publicado em: 23/10/2018 às 17:40hs

Plantio da soja em Goiás segue acelerado em relação ao ano passado

Pouco mais de duas semanas após o início dos trabalhos, já foi plantada em torno de 20% da área prevista para a safra 2018/19 - entre 3,45 e 3,52 milhões de hectares, segundo estimativas da Associação dos Produtores de Soja e Milho no Estado (Aprosoja-GO). Em 2017, as lavouras não chegavam a 5% do total nesse mesmo período, devido à escassez de umidade no solo.

Neste mês, o plantio está concentrado no Centro-Sul do Estado, em especial no Sudoeste, que é responsável por cerca de 40% produção de soja goiana. Para o presidente da Aprosoja-GO, Adriano Barzotto, a safra está se desenvolvendo bem. "A chuva veio com um pouco mais de intensidade nesta semana, então os produtores firmaram no plantio. E as lavouras que já emergiram aparentemente não têm apresentado pragas nem doenças", afirma.

Nos próximos dias está previsto a ocorrência de mais chuvas em todo o Estado, o que deve propiciar condições favoráveis para a evolução do plantio. Os maiores volumes de precipitações são esperados nas regiões Norte, Nordeste e no entorno do Distrito Federal. Nestas localidades, a semeadura costuma ser entre o final de outubro e a primeira quinzena de novembro.

De acordo com o consultor técnico da Aprosoja-GO, Cristiano Palavro, por enquanto, as expectativas são animadoras. "Acreditamos que o plantio vai ficar dentro da janela ideal nesta safra, refletindo diretamente também no rendimento e na área plantada de milho safrinha em 2019. Torcemos para que a chuva continue no decorrer do desenvolvimento das lavouras para que a gente obtenha uma boa produtividade", aponta Barzotto.

Entretanto o consultor da Aprosoja-GO alerta que a formação do El Niño pode influenciar o clima desta safra de soja. A ocorrência desse fenômeno costuma tornar as chuvas instáveis no Centro-Oeste brasileiro e as temperaturas mais elevadas que o normal. "Porém, não há correlação direta entre a ocorrência do El Niño e perdas de safra", explica Palavro.

Fonte: Globo Rural

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