Publicado em: 31/07/2019 às 19:00hs
A peste suína africana está assolando a Ásia e diminuindo drasticamente com o rebanho de suínos da China e, por este motivo, exige algumas medidas de biossegurança. De acordo com Emilio Salani, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (SINDAN), a biossegurança está relacionada ao fato de a China buscar matérias primas em vários países.
“Além disso, há um agravante: o vírus da PSA é extremamente resistente, inclusive às variações de temperatura, o que faz com que as medidas de biosseguridade devam ser ainda mais rigorosas, visando impedir a entrada do vírus no Brasil e em países livres desta enfermidade”, ressalta o especialista.
Além disso, Gisele Ravagnani, do Departamento Técnico da Ourofino Saúde Animal, empresa associada ao SINDAN.afirma que o crescimento e a modernização da suinocultura são fatores muito importantes e que contribuem para essa afirmação. “Esse avanço do tamanho dos sistemas de produção trouxe, paralelamente, aumento na densidade animal, aumentando a pressão de infecções de várias origens. Além disso, a intensificação do comércio de animais entre regiões cria a situação ideal para a multiplicação e a disseminação de vários patógenos (principalmente vírus e bactérias) e a ocorrência de surtos de enfermidades que acarretam elevados prejuízos econômicos aos países e aos produtores”, completa.
Emilio Salani ressalta que o controle, registro e restrição de visitas às granjas devem ser priorizados. Pessoas doentes, por exemplo, com gripe ou resfriado, não devem ter acesso ao ciclo produtivo, pois podem transmitir o vírus da influenza aos suínos. “Essas práticas devem ser combinadas com o fluxo de animais entre as várias fases de produção e com as práticas de manejo, bem-estar animal, capacitação dos operários e programa de Boas Práticas de Produção e sistema de gestão da qualidade”, explica o vice-presidente executivo do SINDAN.
Fonte: Agrolink
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