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Pesquisadora do IEA discute a exportações de amendoim

A cultura do amendoim, importante na atividade agroindustrial da Alta Paulista e Alta Mogiana, regiões que concentram aproximadamente 96% da produção total do Estado de São Paulo


Publicado em: 12/03/2018 às 16:20hs

Pesquisadora do IEA discute a exportações de amendoim

Poucos meses depois de ser apontado como capital do amendoim, Jaboticabal – município que integra a região da Alta Mogiana, tradicionalmente ligada à produção da leguminosa, tem bons motivos para comemorar; juntamente com os municípios da Alta Paulista, outra localidade conhecida pela grande produção da leguminosa, já que a semente, mesmo amargando uma queda de -13,6% nos preços pagos ao produtor, conseguiu galgar três posições na estimativa preliminar do ranking do Valor da Produção Agropecuária (VPA), calculado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) e emplacou mais de R$ 845 milhões, em 2017.

A cultura do amendoim, importante na atividade agroindustrial da Alta Paulista e Alta Mogiana, regiões que concentram aproximadamente 96% da produção total do Estado de São Paulo, tem experimentado conquistas significativas, especialmente na última década quando apresentou crescimento de 12% em média por ano, explica Renata Martins Sampaio, pesquisadora do IEA. “Esse crescimento se deu apesar da retração de safra observada nos anos 2010 e 2014. No entanto, os ganhos na produtividade média contribuíram de forma considerável para os resultados apontados, uma vez que, em 2007, foi registrada a média de 2,4 t/ha e no último ano saltou 3,7 t/há”, comentou a pesquisadora, lembrando que o Estado de São Paulo responde por mais de 90% da produção nacional.

Comércio Exterior

De acordo com a pesquisadora, o avanço da produção está sendo impulsionado pela demanda do mercado externo, destino de 60% a 70% do total de amendoim produzido. Essa ampliação acompanha o comportamento das exportações do agronegócio paulista que, em 2017, comparado a 2016, registrou alta de 5%, totalizando US$ 18,84 bilhões, montante que corresponde a 37% do total das exportações realizadas pelo Estado de São Paulo.

A partir de 2014, as exportações do amendoim descascado iniciaram uma trajetória de alta, tanto para volumes quanto para valores. Comportamento que se manteve nos anos seguintes; porém quando são observados os valores exportados, a mesma comparação indica cotações abaixo das registradas em 2015. Com relação aos destinos, em 2017, as exportações ficaram centralizadas em sete países que, juntos, representaram 86% do total das exportações, dentre os quais destacam-se Rússia, Holanda e Argélia, que concentram 65% das exportações.

O mesmo movimento não foi observado com relação às exportações de óleo de amendoim bruto, que, em 2017, registraram retração de 16% na quantidade. A redução também é verificada no total em valores exportados, em torno de 22%. Diferentemente do amendoim em grão, as exportações do óleo de amendoim têm espaço mais restrito na pauta de importações dos países e seu consumo está relacionado às características e particularidades culinárias das regiões e nações. Dessa forma, o destino das exportações brasileiras vem sendo dominado por dois países, Itália e China, explicou a pesquisadora.

O desempenho das exportações, especialmente do amendoim descascado, principal mercadoria da cadeia, está diretamente relacionado ao comportamento da produção agrícola, não só por conta do comportamento das lavouras e dos volumes produzidos com reflexos no aumento das safras, mas também na qualidade e padrões alcançados. Para a safra 2017/18, as previsões do IEA, realizadas em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), indicam aumento na área plantada e na produção, estimada em 482 mil toneladas, 6% superior que a safra anterior.

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Fonte: Assessoria de Comunicação Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

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