Agricultura Familiar

O IICA e o FIDA contribuíram para agricultores familiares das Américas serem mais resilientes à mudança climática

As organizações assinaram um acordo de cooperação para a execução de um projeto que beneficiará áreas do Corredor Seco Mesoamericano, do Nordeste do Brasil e de montanha intermediária


Publicado em: 26/07/2018 às 09:00hs

O IICA e o FIDA contribuíram para agricultores familiares das Américas serem mais resilientes à mudança climática

O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) assinaram um acordo para a execução de um projeto nos próximos três anos para gerar conhecimentos e boas práticas para a adaptação da agricultura familiar das Américas às mudanças climáticas.

O acordo foi assinado pelo diretor-geral do IICA, Manuel Otero, e pelo presidente do Fida, Gilbert F. Houngbo.

O projeto “Gestão do conhecimento para a adaptação das agriculturas familiares à mudança climática (INNOVA-AF)” beneficiará áreas do Corredor Seco Mesoamericano, do Nordeste do Brasil e de montanha intermediária, explicou o especialista do IICA em Inclusão na Agricultura e nos Territórios Rurais, Bryon Miranda, responsável pela iniciativa.

“Estamos na etapa preparatória, nos organizando para compor a unidade executora, construindo um plano operacional anual e concluindo outros pormenores. Há uma lista de países, mas estamos em processo de depurá-la segundo as condições complexas deles para o desenvolvimento de suas áreas diante da mudança climática. Há na proposta um conjunto de critérios para selecionar oito países onde trabalharemos. Haverá vários países da América Central e da região andina e áreas do Brasil”, adiantou Miranda.

O especialista acrescentou que os esforços do projeto têm o objetivo de ir além das áreas priorizadas e de fazer com que o benefício se dê em escala maior: a grande meta desse tipo de iniciativas.

Pontualmente, serão mobilizadas inovações tangíveis, como as tecnologias, e intangíveis, como os arranjos institucionais e os modelos organizacionais, entre outros, para que os moradores das zonas rurais dessas áreas agrícolas aumentarem a resiliência diante dos efeitos da mudança climática.

“Na maioria dos casos, as soluções inovadoras promovidas por programas e projetos, mesmo quando têm sucesso, trazem efeitos pontuais, localizados e de impacto limitado. Para seu dimensionamento, é necessário desenhar a intervenção de forma conseguir expansão geográfica, réplica, adaptação e sustentabilidade, até que haja um efeito sustentável e amplo para se tornar uma referência para escala maior”, adicionou Miranda.

Para a execução desse projeto, o FIDA doou US$ 2 milhões. O IICA será o líder e executor e contará o apoio de dois parceiros: o Centro de Cooperação Internacional em pesquisa Agrícola para o desenvolvimento (CIRAD, na sigla em francês) e o Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (CATIE).

Fonte: IICA agricultores

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